Reitor da UEG fala sobre os rumos a tomar e os desafios a enfrentar à frente da universidade
Localizada na cidade de Anápolis, a Reitoria da Universidade Estadual de Goiás está sob nova direção. Antônio Cruvinel Borges Neto foi eleito, em junho, como novo reitor da UEG, mas só tomou posse oficialmente no dia 3 de agosto em cerimônia realizada no Salão Dona Gercina Borges Teixeira, no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia.
Sua relação com a UEG não é recente. Antônio Cruvinel entrou na instituição em 2010, por meio de concurso público. Já vinha com experiência como docente de ensino superior desde 2007 em outras instituições. Em 2013 participou da eleição para ser gestor da Unidade Universitária de Trindade e assumiu em 2014. Quando aconteceu a Reforma Administrativa da UEG, foi convidado para ajudar na implantação do Instituto Acadêmico de Ciências Tecnológicas, onde permaneceu um ano e se licenciou para concorrer ao cargo de reitor.
Em entrevista ao Jornal Contexto, Cruvinel fala sobre os desafios enfrentados na gestão, como também seus planos e suas expectativas como reitor.
Jornal Contexto – Quais são suas propostas e planos como novo reitor da UEG?
Antônio Cruvinel – Eu entendo que a universidade ela precisa de um norte planejado. Iniciar este ciclo na reitoria é iniciar um novo ciclo para Universidade. Pretendo que seja algo mais maduro e com planejamento, de forma que a universidade possa atender ainda melhor os anseios do povo goiano. A Universidade, neste momento, necessita de uma estabilização para que a gente desenvolva um planejamento e a Universidade possa caminhar. Temos trabalhado em cima desse desafio como uma forma de fazer com que a UEG possa ter um novo ciclo de crescimento. Crescimento para nós vem dentro da bandeira de qualidade, não necessariamente de expansão da universidade.
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Jornal Contexto – Quais são os desafios enfrentados nessa gestão?
Antônio Cruvinel – Permitir que a comunidade da Universidade possa trabalhar de uma forma plural é algo que devemos ter como desafio. A Universidade traz um passado, não distante, de algumas ações conturbadas, então trabalhar dentro desse conceito de Universidade que inaugura um novo ciclo é um outro desafio. Além disso, nós temos os desafios que toda instituição de ensino tem como o desafio orçamentário, desafio de busca pela valorização das pessoas que almejam compor o quadro da universidade e o desafio de poder oferecer um ensino de qualidade, o qual considero como meu maior desafio.
Jornal Contexto – Como é o novo modelo proposto pela reforma administrativa na UEG?
Antônio Cruvinel – O novo modelo proposto traz para Universidade uma possibilidade de sermos pensados de uma forma como um todo. A UEG anteriormente era pensada muito para a gestão local, então a gestão daquela cidade olhava para a realidade deles. Atualmente, a reforma nos proporciona pensar na Universidade dentro do Estado de Goiás como um organismo único e pretendemos permanecer com a presença onde conseguimos oferecer um ensino de qualidade.
Jornal Contexto – Qual a importância da UEG para o Estado de Goiás?
Antônio Cruvinel – É um patrimônio histórico gigantesco e digo isso, porque apesar da Universidade estar presente em 39 cidades, nós conseguimos fazer com que o ensino superior chegue a quase todos os municípios Goianos. Ainda, poderia destacar que para além desse cunho de levar a formação temos o desenvolvimento de pesquisas e projetos. Goiás hoje está em primeiro lugar no ranking do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), na avaliação do ensino médio. Eu ousaria dizer que a Universidade Estadual de Goiás, sendo um celeiro de formação de professores, consegue ser uma boa influenciadora para esta qualidade no ensino.
Jornal Contexto – O que o senhor traz de diferente da gestão anterior? O que os alunos e colaboradores podem esperar?
Antônio Cruvinel – Das coisas que eu gostaria de contribuir diria que se conseguir, durante esse período que estarei à frente da universidade, implantar uma forma de diálogo para que a UEG possa se reconhecer entre si. Um diálogo produtivo tanto para dentro da universidade como para o público Goiano, pois é no diálogo que a Universidade consegue sentar, discutir seus problemas e avançar para soluções.