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Entrevista Antônio Gomide – “Vamos unir para 2010”

de Nilton Pereira
26 de junho de 2009
em Política
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Prefeito Antônio Gomide prestando contas do primeiro semestre

Prefeito Antônio Gomide prestando contas do primeiro semestre

Alguma coisa o surpreendeu nestes seis meses de administração? O senhor que já tinha um conhecimento da máquina administrativa, mas agora, vivenciado o seu dia a dia, algo lhe chamou a atenção?

Me surpreendeu a ação aqui dentro. Muita vontade de realizar por parte da equipe que está chegando agora. Mas um caminhar muito lento na execução, até pegar os trâmites com as questões legais. Isso fez com que, num primeiro momento, não pudéssemos ter a celeridade que gostaríamos. Mas o que me traz satisfação é que por mais problemas que tenhamos, percebo que temos capacidade e a receita que temos é possível de equacionar e fazer uma prestação de serviço muito melhor do que existia. E temos feito isso. Temos feito um acompanhamento de satisfação e temos percebido onde, por exemplo, nós fazemos o serviço de limpeza, que há uma satisfação das pessoas. Mas nós sabemos também que ainda há muita coisa a se fazer. Então, vamos imaginar que a prestação de serviço melhorou 30 por cento. Mas ela dá resposta porque não havia, não tinha visibilidade. Daí, o que eu percebo é esse impacto, aquilo que a gente queria chegar para fazer de imediato nem sempre é possível. Agora o outro lado é a prestação de serviço e tenho cobrado da equipe a execução do planejamento, para não ficar somente naquela idéia de que estamos pensando, nos reunindo, mas não tem ação. Essa devolução de serviços à população, a gente percebe agora que ela é pequena e a gente precisa melhorar, investir mais.

Com relação às despesas, houve também um trabalho para solucionar essa questão?

Para se ter uma idéia, neste primeiro semestre, conseguimos uma redução de quase 700 mil só em sistemas (de informática) da administração. Em relação a telefone, mais de R$ 75 mil. Muita gente pensa que isso é bobagem, mas se você somar todas essas coisas, nós já colocamos na ponta do lápis é quase R$ 900 mil por ano. Então, acho que estamos num momento bom, mesmo com a receita que temos acreditamos que é possível separar algum dinheiro e aplicar na cidade. Por exemplo: parques ambientais. Eu sinto que é possível fazer e não só ficar esperando verbas.

Mas, a receita está satisfatória. Os recursos estão entrando nos cofres do Tesouro, apesar da propalada crise?

Dinheiro é o seguinte: quanto mais, se tiver um planejamento você faz melhor. Mas temos trabalhado isso sim, fazendo a recuperação de créditos. Estamos tendo muito cuidado para não ir com vontade ao pote e ter a desconfiança do contribuinte. Porque se houver um aumento, tem que ser uma coisa razoável de pagar, para não cometer erro de aumentar o IPTU, o ISS e mexer na lei tributária em alguma coisa que possa prejudicar o contribuinte. Nós queremos melhorar a lei tributária que tem vários problemas de multas. O cidadão atrasou um dia e às vezes é cobrado até o dobro. Então, temos que corrigir as distorções. Estamos fazendo uma proposta de mudança para encaminhar à Câmara Municipal e estamos discutindo com os empresários para poder encaminhar. Temos que adequar melhor essa questão da receita, para que tenhamos mais pessoas contribuindo e uma menor inadimplência. Também estamos trabalhando em relação a atualização do valor venal do imóveis, que é uma das bases de composição do IPTU. Nós criamos uma comissão e ela já está fazendo o trabalho e vai continuar no segundo semestre. Todos os membros da comissão já foram indicados. Com relação ao FPM houve uma retenção de R$ 1,2 milhão nos primeiros quatro meses, mas já foi recomposto esse montante. O ICMS tem aumentado. Não está como queremos, mas estamos trabalhando o acompanhamento para melhorar o nosso Coíndice para que tenhamos um reflexo já no ano que vem. Então, estamos fazendo a nossa parte: reduzindo ao máximo as despesas e fazendo com que a receita melhore. Nós estamos pagando em dia o salário do funcionalismo. Isso é uma obrigação nossa e um compromisso também.

Quanto ao Plano de Cargos e Salários, como está o andamento? Já houve avanços?

Nós estamos já bem avançados nessa discussão. A comissão que está trabalhando está fechando as tabelas de enquadramento para a saúde, para a educação e para a administração direta. Essa comissão tem 18 membros representando os servidores e 18 representando a Administração. Mas é um trabalho complexo, porque esse levantamento leva em consideração que cada servidor tem um histórico funcional. Tem de observar caso a caso. Então, vai demorar mais pelo menos 30 dias para concluir esse fechamento de tabela. O próprio sindicato dos funcionários reconhece isso, perceberam as dificuldades. Nos meses de abril, maio e junho e comissão se reuniu pelo menos três vezes na semana. Não está parado.

O senhor, logo após assumir o cargo, disse que precisaria ter “a cidade nas mãos”, conhecer a realidade da Prefeitura. Hoje, já conhecendo essa realidade, o senhor vê a necessidade de ajustes na máquina administrativa?

Tem, mas não quero ainda antecipar. Primeiro, queremos ter a definição do Plano de Cargos e Salários, ter o concurso público para prover os cargos e aí, sim, vamos fazer as mudanças até o final do ano que seria o que: dar maior visibilidade ao trabalho do meio ambiente, da cultura. Agora, é bom dizer que nós não estamos parados nessas áreas. Elas têm andado apesar de não terem secretarias. Mas elas tem andado porque nós temos dado condição para que esse trabalho seja feita, porque consideramos que ele é importante. O trabalho que a Cultura tem feito aqui em Anápolis, um trabalho às vezes calado, mas tem dado resultado. Fala-se muito em asfalto, em casa, em saúde. Mas a cultura mexe com a cidade, com as pessoas. Estamos fazendo atividades aqui no teatro, atividades nos bairros e isso é muito bom. Nós reativamos o Fórum da Cultura. Então, já justifica termos uma estrutura melhor. Em todo caso, nós não queremos cdriar secretaria por criar para ocupar espaço político para uma ou outra pessoa. Não fizemos e não vamos fazer. Nós queremos apenas dar visibilidade em áreas importante, como o meio ambiente, porque achamos que é importante investir nessa área. Também vemos a necessidade de dar visibilidade ao esporte para ter uma política que funcione, buscar a juventude para dentro do esporte e fazer com que ela fique livre das drogas.

E os demais setores da administração?

Nós vemos que há necessidade de ajustes. Na educação, por exemplo, nós percebemos que não é só aumentar a escola, melhorar a estrutura física. Nós precisamos melhorar a qualidade, investindo no professor. Nós já estamos aplicando o piso nacional, mas queremos melhorar mais. E entendo que com o Plano de Cargos e Salários vamos melhorar. Nós também estamos atentos às necessidades. Agora mesmo, compramos cinco mil novas carteiras para o ensino fundamental. Para este ano, nós começamos a fazer duas creches, mas queremos chegar a 10 até o final do ano. A escola de tempo integral, não era uma coisa que nós havíamos proposto na campanha. Mas nós entendemos que é um projeto muito bom e quero fazer pelo menos de duas a três unidades atendendo diferentes pontos da periferia, para que essa escola possa realmente chegar às crianças que precisam. Hoje uma escola integral pronta para cerca de 1.500 alunos não sai menos de R$ 6 milhões. Mas nós podemos tirar um reserva do Tesouro, buscar mais recursos e fazer um projeto para unidade para 600 a 700 alunos. Isso tudo é possível fazer e temos que priorizar para fazer esse investimento.

O senhor quer dizer que está preparando uma arrancada para agora a partir do segundo semestre? E, a partir do segundo semestre, a sucessão no estado também vai estar na ordem do dia. Vai dar para separar as coisas, porque logicamente a sucessão vai passar por Anápolis.

É isso mesmo. Acho que a sucessão vai e precisa passar por Anápolis, até para nos valorizarmos e nos cacifarmos junto ao Governo do Estado. Isso também é valorizar a cidade, mostrando que temos potencial político. E, tendo uma boa gestão nós podemos ser um exemplo. Da minha parte, não vou discutir com os partidos político, mas quero que eles entendam que se eles unirem força pela cidade nós vamos ganhar dentro da gestão e aí a cidade ganha peso para que, inclusive, a cidade possa ter a sua representação num futuro governo. A gente precisa também aumentar a nossa representatividade na Câmara Federal, na Assembléia Legislativa e não só ter número, mas qualidade. Eu sempre falo que o eleitor anapolino quer ver o político perto dele e vendo que ele tem uma relação de confiança. As administrações não podem ficar distantes da população, porque isso cria uma desconfiança. Se ele sentir essa proximidade, se perceber o resultado, o eleitor vai querer participar e dar respostas e aí todos saem ganhando.

Como o senhor acha que vai poder contribuir neste processo?

Eu acredito que cada um tem que fazer a sua parte. Acho que se os partidos lançarem muitos candidatos fica pior. Tem que concentrar forças naquilo que eles (os partidos) acham que tenha força e representatividade e que tem capacidade para representar bem o município. Então, os partidos devem que fazer a sua parte. A outra é a política de fazer com que o eleitor sinta bem em participar do processo. E se a cidade estiver bem, acho que vai haver essa motivação. Eu vou fazer a minha parte, desenvolvendo uma gestão compatível, sem fazer qualquer atividade mirabolante. Precisamos construir uma administração degrau por degrau e de forma consistente.

O senhor montou uma equipe bastante heterogênea e houve quem acreditasse que o senhor teria problema. Mas vai bem, não houve necessidade de ajustes nessa equipe?

Sempre precisamos estar melhorando. Mas nós temos a facilidade de conseguirmos trabalhar as vaidades. À medida que não trabalhamos ela partidariamente, mas tecnicamente, e com a dedicação exclusiva dos secretários, isso nos proporcionou um ambiente de tranqüilidade para trabalhar. Nós não temos que dar recado a ninguém, temos liberdade de atuar com cada um. É uma equipe que está com muito foco num projeto coletivo, um projeto para a cidade. Então, se a educação está bem e a saúde não está bem, então, não está bom. Os dois têm que pensar juntos e caminhar juntos. O problema da limpeza não é da infra-estrutura apenas, é também da saúde, da educação. Temos que desenvolver um trabalho integrado, porque um mal resultado numa área afeta a todos. Nós não tínhamos isso. Hoje nós estamos montando uma rede para que a gestão seja uma engrenagem consistente.

A cidade tem muitas demandas reprimidas na saúde, na educação, no trânsito, por exemplo. Como o senhor e a sua equipe estão trabalhando para atender a esses anseios da população?

A questão do trânsito realmente é um problema sério e nós estamos preocupados. É um fio desencapado. Estão aumentando os carros, a cidade é a mesma. Não temos uma cultura do transporte de massa. É um desafio. Agora, estamos trabalhando no dia-a-dia, conversando com os empresários para ver as mudanças que podemos fazer. Nossa prioridade é o pedestre. Estamos já com um grupo técnico da Universidade de Brasília e uma empresa mineira que tem experiência nessa área fazendo o Plano de Mobilidade, porque nós temos que fazer mudanças, mas mudanças macros que não venham apenas para servir de enfeite. Nós estamos discutindo com o transporte coletivo. Então, temos que ter um trabalho profissional. Por exemplo, temos estudos para uma trincheira na Brasil com a Fayad Hanna, no Bairro de Lourdes – essa já está com a ordem de serviços e deve começar em julho agora. Estamos fazendo estudos para mudar a Praça Bom Jesus e em todo o quadrilátero central. Sabemos que é difícil, mas estamos fazendo a tarefa do dia-a-dia sem deixar de pensar no médio e longo prazo.

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