Desde que surgiu a onda do coronavírus, ninguém mais falou em outra doença no mundo. É como se as demais tivessem entrado, também, para um período de quarentena, não incidindo sobre pessoas. Por certo, depois que o coronavírus ganhou todos os espaços na mídia, não ocorreram, mais, casos de tifo; dengue; sarampo; hanseníase; tuberculose, câncer e outras moléstias que matam muito mais e, muito mais rápido do que o tal vírus que teria surgido na China.
Curiosamente, segundo dados levantados esta semana, seria o quinto surto de doenças viróticas que eclode na China em sete anos. Ou seja: todos os males vêm de lá. Mas, não é bem isso o que se vê, ou se fala. Agora mesmo, o foco está na Itália, milhares e milhares de quilômetros distantes do populoso país asiático. Alguma coisa, ou algumas coisas, não se encaixam nesta história toda. “Há algo de podre no reino da Dinamarca”, como definiu Shakespeare em Hamlet. E, há mesmo, pois uma doença não apareceria tão misteriosamente como esta e não assombraria o mundo como esta assombrou. Principalmente depois que a própria China passou a divulgar que o número de pessoas que deixam os hospitais, após receberem alta, é bem maior do que o número de pessoas que entram neles.
Ora, se o epicentro está lá, e, lá, têm-se notícias alvissareiras, positivas e reconfortantes, por que, então, o foco estar voltado para a Itália, para a Coreia do Sul e outros países? Ninguém explica. Não se trata, claro, de nenhuma teoria da conspiração, ou de se colocar em dúvida a autoridade de grandes cientistas que têm se debruçado sobre o problema. Que o vírus existe, existe, não há o que se questionar. O que se pretende concluir é a sua gravidade, até onde ele pode chegar e que estragos vai causar mais do que outras doenças por demais conhecidas. Uma coisa, entretanto, é certa: o dólar não para de subir em relação a outras moedas pelo mundo afora. Alguém estaria ganhando (muito) dinheiro com isso. Sem contar que já se diz em todos os cantos que, em dois meses, ou mais, ou menos, o coronavírus tende a desaparecer. A pergunta que fica é, justamente, esta: teria valido a pena tanto barulho, tanto estardalhaço, tanto pânico?
E, quanto a nós, aqui pelo Brasil, como seria nossa reação, caso se confirme alguma morte pelo tal coronavírus. Entraríamos em pânico, haveria uma onda de terror? Do que se sabe, até agora, é que já teria gente vendendo remédio para combater o tal vírus. Ora, se nem nos Estados Unidos, nem na Europa, nem nos países mais avançados existem tais medicamentos, por que, então, no Brasil já se fala nisso. Daqui a pouco, em cada esquina haverá uma banquinha com gente oferecendo esta novidade.
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