Ex-diretor da Saúde em Anápolis discorre sobre gestão de conflitos em assistência hospitalar

A gestão de conflitos em assistência hospitalar é uma habilidade essencial para profissionais de saúde que trabalham em ambientes de alta pressão e estresse. Conflitos podem surgir entre profissionais de saúde; entre pacientes e profissionais de saúde; entre membros da equipe de saúde e a administração hospitalar, entre outros.

Em artigo exclusivo para o Portal Contexto, o ex-diretor de Auditoria, Regulação e Agendamentos da Secretaria Municipal de Saúde de Anápolis, Danianne Marinho e Silva, discorre com conhecimento sobre o assunto. Depois de colaborar na gestão municipal por cinco anos, Marinho se afastou da SEMUSA a cerca de dois meses para cuidar de interesses particulares na área em que se profissionalizou.

Graduado em Fisioterapia e com especialização em Regulação em Saúde no SUS pelo Hospital Sírio-Libanês, atualmente Danniane é professor no internato de saúde coletiva do curso de medicina da Universidade Evangélica de Goiás. Abaixo, o artigo assinado pelo profissional.

GESTÃO DE CONFLITOS EM ASSISTÊNCIA HOSPITALAR

A gestão de conflitos é um conjunto de técnicas e estratégias que visam lidar com situações de desentendimento e divergência entre indivíduos ou grupos, de forma a promover a resolução pacífica e construtiva dessas questões.

Algumas das técnicas utilizadas na gestão de conflitos incluem a comunicação aberta e honesta, o estabelecimento de metas e objetivos comuns, o incentivo ao diálogo e à negociação, a busca por soluções criativas e a mediação por terceiros imparciais.

Para aplicar efetivamente a gestão de conflitos, é importante que os envolvidos estejam dispostos a ouvir e a considerar as opiniões e necessidades dos outros, além de estarem abertos a encontrar soluções que possam beneficiar todos os lados.

Os gestores podem contribuir para a prevenção de conflitos, criando um ambiente de trabalho positivo e colaborativo, incentivando a comunicação aberta, a transparência e a cooperação entre a equipe. Também podem ser úteis políticas e práticas de resolução de conflitos claras e eficazes, que estabeleçam procedimentos para lidar com possíveis desentendimentos.

A gestão de conflitos é uma habilidade essencial para líderes e gestores em qualquer área, incluindo a saúde. Em um ambiente tão complexo e desafiador quanto o das unidades de saúde, a gestão de conflitos pode ajudar a manter a equipe motivada, a melhorar a qualidade do atendimento e a promover um clima organizacional positivo.

Os conflitos em unidades de saúde são comuns e podem ocorrer por diversos motivos, como divergências entre profissionais de saúde, problemas de comunicação entre a equipe, diferenças na percepção sobre a qualidade do atendimento, falta de recursos ou sobrecarga de trabalho.

Para evitar conflitos, é importante que haja uma boa comunicação entre os profissionais de saúde, com o objetivo de manter a equipe alinhada e motivada para oferecer o melhor atendimento aos pacientes. Também é fundamental que a gestão da unidade de saúde esteja atenta às necessidades da equipe e forneça os recursos necessários para o bom desempenho do trabalho.

Quando um conflito surgir, é importante agir rapidamente para resolvê-lo, antes que ele possa afetar o atendimento aos pacientes. O diálogo aberto e honesto é fundamental para que as partes envolvidas possam expor seus pontos de vista e buscar uma solução conjunta. Em alguns casos, pode ser necessária a intervenção de um mediador ou especialista em gestão de conflitos para ajudar na resolução da situação.

Em resumo, a prevenção é sempre a melhor estratégia para evitar conflitos em unidades de saúde. No entanto, quando um conflito surgir, é importante agir com rapidez e eficiência para minimizar seus impactos e restaurar o bom funcionamento da equipe.

Danianne Marinho e Silva, Graduado em Fisioterapia, Especialista em Saúde Pública e MBA em Administração Hospitalar. Professor no internato de saúde coletiva do curso de medicina da UniEVANGÉLICA.