Artigo – Por Gonçalves e Ventura Advogados
A pandemia de COVID-19 (SARS-COVID-2), transformou radicalmente o cenário do trabalho em todo o mundo. Uma das principais lições aprendidas durante a pandemia foi a flexibilidade. As empresas que conseguiram se adaptar rapidamente às mudanças, demanda do consumidor e regulamentações governamentais, tiveram uma vantagem competitiva significativa.
Uma das alterações mais significativas foi a ampla adoção do trabalho remoto e flexível, ainda que periódico, para garantir a continuidade dos negócios enquanto se protegia a saúde dos trabalhadores. À medida que a pandemia evoluiu, a flexibilização das jornadas de trabalho tornou-se uma necessidade em alguns segmentos. Agora, muitas empresas estão considerando manter ou não o trabalho remoto no pós-pandemia.
Empresas e empregados se ajustaram à modalidade, permitindo que muitos trabalhassem de casa. Após a pandemia, há estudos das empresas acerca da necessidade de interação, convívio e troca de experiências, em contrapartida ao trabalho exclusivamente remoto.
Além disso, há também a jornada de trabalho flexível, onde no lugar de horários de trabalho fixos, algumas companhias estão adotando jornadas mistas, intercaladas. Isso permite que os colaboradores escolham quando iniciar e encerrar suas jornadas, desde que cumpram metas e horas exigidas.
A pandemia também destacou a importância do equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Com o trabalho remoto em alguns segmentos se tornando possível, as fronteiras entre trabalho e vida pessoal ficaram borradas para muitos. Com isso, houve uma maior preferência pelo banco de horas, o qual oferece aos empregados a flexibilidade de ajustar suas jornadas de acordo com as responsabilidades pessoais e familiares, promovendo um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
É importante notar que, embora a flexibilização das jornadas de trabalho tenha muitos benefícios, também traz desafios inúmeros relacionados à gestão do tempo, comunicação, troca de ideias, convívio e equidade no tratamento dos trabalhadores. As leis trabalhistas precisarão ser adaptadas para garantir que os direitos dos trabalhadores sejam preservados em um ambiente de trabalho dinâmico, em constante evolução.
É fundamental destacar que a implementação de um banco de horas deve ser feita em estrita conformidade com as leis trabalhistas locais. Tal fato, garantirá que os direitos dos trabalhadores sejam preservados e que os acordos sejam justos e equitativos em relação aos empregadores.
Com isso em mente, é possível afirmar que a pandemia de COVID-19 acelerou a adoção de novas formas de trabalho, jornadas, e estas mudanças tendem a persistir no pós-pandemia. A chave para o sucesso é encontrar o equilíbrio certo que atenda às necessidades de colaboradores e companhias, em suas várias segmentações e particularidades.