Energia alternativa não é questão de semântica, nem devaneio de quem esteja em busca de novidades, ou, quem sabe, de exposição pública. Energia alternava é um realidade bem presente no mundo todo, em maior, ou, menor intensidade. Mas, ela existe e funciona. Além disso, ela tem sido a salvação para os processos produtivos de muitos povos e muitas nações. Já são incontáveis os parque de energia fotovoltaica, um dos sistemas mais avançados do mundo que, aos poucos, ocupa o espaço, antes, exclusivo das tradicionais hidrelétricas. Também, avançam as propostas de energia eólica, com a força elétrica sendo gerada com o impulso dos ventos. Existem outras fontes, mas, estas duas, com certeza, vão se destacar a partir de agora, por conta da falência de outros sistemas, como a utilização dos carvões (mineral e vegetal) e, muito mais ainda, as hidroelétricas e as usinas nucleares, caras, perigosas e preocupantes do ponto de vista ecológico. São, por assim dizer, graves ameaças ao meio ambiente, tendo em vista a agressividade natural que proporcionam, na contramão das iniciativas de preservação da terra, da água e do ar.
O Brasil, país continental e essencialmente rico em ofertas naturais para a produção de energia pode, sim, ser o grande centro gerador de energia para o fornecimento necessário e indispensável à sua população e, quem sabe, para fazer disso, um grande negócio internacional ao vender o excedente para países limítrofes. As condições climáticas e territoriais conspiram a favor disso. O litoral e a costa brasileiros são incomparáveis com a grande maioria dos outros países. É uma área plenamente adequada para a instalação de centenas, talvez milhares de parques eólicos, ou seja, grandes hélices que giram e fazem com que turbinas produzam energia praticamente a custo zero e sem poluição. Basta, somente, a força dos generosos ventos que sopram desde a costa do Piauí, no Delta do Parnaíba, até o extremo do litoral gaúcho, no Arroio Chuí. É vento que não acaba mais.
Soma-se, a isso, o clima tropical que dá ao nosso grande País, um céu ensolarado praticamente o ano todo. É desses raios ultravioletas que se retira a energia fotovoltaica. Aliás, um processo que já desfruta de total confiança dos consumidores nacionais. A cada dia que passa, mais e mais placas de energia solar são vislumbradas nas pequenas, médias e grandes cidades. Já há grandes projetos comerciais e industriais, como também um extraordinário número de complexos residenciais que se utilizam dessa fonte energética.
Goiás, estado central, tem condições privilegiadas para desenvolver tanto uma, como a outra modalidade. Por estar no Planalto (plano alto) Central, capta mais ventos do que outras regiões. Além disso, as condições climáticas, ajudadas pelo Cerrado Brasileiro, garantem sol forte na maior parte do ano, o que se torna essencial para uma política energética alternativa de sucesso. Isso significa, então, energia boa, barata e confiável. Basta que o poder público e o empresariado despertem para esta realidade.