Tombado pelo Patrimônio Histórico, prédio será desocupado em breve e não se anunciou como e quando voltará a ser utilizado
Construído (exclusivamente com recursos municipais) e inaugurado no começo de 1973, durante a transição do governo de seu construtor, Prefeito Henrique Santillo, para o sucessor, José Batista Júnior, o Palácio de Santana foi sede do Poder Executivo Municipal até o início da década de 80, quando a Prefeitura, sob o comando do, então, prefeito Wolney Martins de Araújo, se transferiu para o que seria o Centro Cultural de Anápolis, na Avenida Brasil, rebatizado Centro Administrativo. Com a saída da estrutura do Governo Municipal, o Palácio de Santana foi passado para a Câmara de Vereadores que, até então, nunca havia tido uma sede própria. Sempre funcionou em dependências cedidas e/ou alugadas. É assim até nos dias atuais.
Com a eminente mudança do Legislativo para outro edifício (Avenida Jamel Cecílio), o Palácio de Santana voltará a ser desocupado. E, como integra o Patrimônio Histórico Municipal, não pode ser demolido, modificado, ampliado ou, ter as suas características originais transformadas. Resta saber, agora, o que a Prefeitura pretende fazer daquele espaço histórico da Cidade. A grande indagação, entretanto é: como se aproxima o período eleitoral, restam (praticamente) seis meses para o final dos mandatos do atual prefeito e dos atuais vereadores, vai haver tempo suficiente para se definir a ocupação do prédio, ou, ficará para a próxima administração? Teme-se, também, que a campanha eleitoral consuma o tempo e as atenções do poder público e que o Palácio de Santana fique relegado a um plano inferior.
A competência
Resta lembrar que a responsabilidade pelo edifício é, exclusivamente, da Prefeitura, uma vez que até lá, a Câmara Municipal já estará funcionando em outro endereço, não tendo mais nada a ver com a atual sede. Desta forma, o Prefeito Roberto Naves (PP) tem seis meses para dar nova destinação ao prédio. Prazo que poderá ser ampliado, caso ele se candidate à reeleição e vença a disputa. O temor que existe é que, com a mudança da Câmara Municipal, o prédio fique abandonado e exposto à ação de vândalos e depredadores. Se não houver uma ocupação imediata, será necessário um serviço de vigilância 24 horas por dia, na avaliação de pessoas especialistas em segurança patrimonial. Há quem diga que o Palácio de Santana poderia ser cedido a uma repartição pública (municipal, estadual ou, até, federal); transformado em museu, biblioteca, ou qualquer outro serviço de utilidade pública. Na verdade, o Governo Municipal, ainda, não se pronunciou oficialmente, sobre que destino pretende dar ao Palácio de Santana daqui a mais algumas semanas.
Problema maior
A poucos metros do Palácio de Santana, existe outro problema maior a ser resolvido: o que fazer das obras inacabadas do que seria a ampliação do espaço físico do Poder Legislativo. Uma edificação que já consumiu alguns milhões de reais, erigida dentro da Praça “31 de Julho” está, hoje, abandonada, devido, principalmente, a desacertos entre a Prefeitura e a empresa vencedora da concorrência pública para a sua execução. E, como é sabido, estando sub judice, não se pode realizar qualquer serviço na referida estrutura.
A discussão em torno do futuro do edifício inacabado é ampla. Vai desde a consecução de recursos para sua conclusão, até, provavelmente, sua demolição, devolvendo à Praça o seu status quo, ou seja, volta ao original. Estas duas ideias, entretanto, esbarram em um problema único: falta de recursos. Hoje, segundo informações seguras, a Prefeitura não teria dinheiro nem para uma coisa, nem para outra. Ou seja: a novela da ampliação da Câmara Municipal ainda terá vários capítulos. O Legislativo lava as mãos, pois está de mudança para um prédio alugado por 20 anos e não tem qualquer interesse, ou, responsabilidade para com a obra, pois se trata de um assunto da Administração Municipal. E, como não existe uma data certa para a definição judicial sobre o andamento (ou não) da obra, é certo que, também, este assunto somente seja retomado em 2021. Isto, numa previsão mais otimista.
Se é tombado como foi descaracterizado alterando a estrutura com a terrível e desastrosa ampliação da Câmara Municipal❓❓ o MP tem que questionar o aluguel de 80.000,00 por mês durante 20 anos , ao término continuará sem prédio. A Câmara funcionando em home office está de bom tamanho, poderia economizar este aluguel e construir nas proximidades da antiga Faiana.