As novas profissões estão surgindo e com elas vêm dúvidas sobre a perenidade e eficácia de determinados trabalhos. Por muito tempo algumas atividades eram tradicionais nas famílias, ou o jovem escolhia a profissão certa ou nada daria certo. Hoje em dia vemos que, além das formações, tem sido muito importante a especialidade nas áreas escolhidas. Não é exigido somente a formação acadêmica, mas também a profundidade nos assuntos. Porque isso aconteceu? Porque outras profissões surgiram dentro daquelas que eram tradicionais. E isso, nos leva a uma diversidade maior no trabalho e na oportunidade de ganhar dinheiro.
Vemos hoje em dia pessoas profissionais em redes sociais, outras profissionais em vender online, e se você acha que isso não dá dinheiro, arrisque a conversar e entender mais sobre o assunto. Tem gente que pode achar não ter sentido pagar milhões para uma pessoa publicar ou dar referência de uma marca em uma simples postagem, mas só quem está do lado de cá da venda sabe a diferença, a credibilidade e o resultado que isso traz.
Então, vou falar diretamente para você que tem certo tipo de preconceito ou dificuldade de viver junto com a geração existente. Classificar gerações de acordo com seus hábitos, preferências e preocupações é uma metodologia que nasceu em meados do século XX, embalada pela onda de análises comportamentais do período. Essa categorização tem por base a ideia de que as pessoas que nascem em uma determinada época sofrem influência de um contexto específico, que abrange valores culturais, tecnológicos, econômicos e também as relações interpessoais. Atualmente, cinco gerações, com características bem definidas, são alvo de estudos e observação comportamental, são elas: Geração Silenciosa, Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z.
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A grande maioria dos profissionais que hoje se encontram no mercado de trabalho estão na geração Y ou Millennials, pessoas com idade entre 17 e 36 anos e apresentam uma grande diferença comportamental em relação às gerações anteriores: são classificados como mais egoístas, menos responsáveis e, teoricamente, não se importam com a estabilidade no trabalho. Porém, também são mais criativos e engajados com causas sociais.
E por agora temos visto crescer a geração Z que é composta por pessoas com idade entre 7 e 16 anos – os nativos digitais. Essa geração já recebeu vários nomes e pode ser classificada por sua vulnerabilidade, preocupação com causas sociais, com o meio ambiente e pela fascinação com as novas tecnologias.
A pandemia de Covid-19 tem embaralhado algumas das características comumente atribuídas a esses grupos, acelerando a proficiência digital entre as gerações mais velhas e antecipando a preocupação com a economia, com a estabilidade financeira e com o futuro para as mais novas. Além de mudar o senso de responsabilidade e trabalho. Há quem já defenda uma nova geração, a geração pós-covid, chamada geração C.
Levando em consideração essa mudança de pensamento, precisamos entender que a profissão precisará, cada vez mais, fazer parte da personalidade do cidadão. Ou seja, as pessoas precisam trabalhar com o que gosta, adquirir o senso de completude e missão realizada.
Acredito que com o tempo o trabalho será mais visto pelo potencial produtivo do trabalhador do que pelo tempo dispensado no trabalho. Nesse entendimento as empresas privadas e públicas vão precisar avaliar a forma de exigência produtiva. Hoje em dia ainda vemos, principalmente nos órgãos públicos, pessoas passando horas e horas sem fazer nada. Cumprem um horário, porém o nível produtivo e de resultados é zero. O importante de agora em diante é criar um ambiente em que todos podem atingir seu máximo potencial.
O papel do setor de recursos humanos é imprescindível, pois é como uma peneira dessas gerações, selecionar e alinhar os talentos que combinam com a cultura e com os objetivos da organização, não é nada fácil, ainda mais quando é preciso lidar com a mistura de anseios e expectativas profissionais. Mas uma dica quero deixar para você meu caro leitor, independente da geração na qual você se encaixa, se você se conecta e vê sentido e razão no que faz, certamente entregará muito mais do que é esperado.