Realizado nesta segunda, dia 23, o Fórum dos Governadores decidiu solicitar uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com o intuito de acalmar a tensão entre poderes. A reunião contou com representantes de 24 estados do Brasil, além do Distrito Federal. Gestor de Goiás, Ronaldo Caiado esteve presente. Os ausentes foram Mauro Carlesse (PSL), do Tocantins, e Wilson Lima (PSC), do Amazonas.
A reunião aconteceu três dias após Bolsonaro pedir impeachment do ministro Alexandre de Moraes junto ao Senado. Wellington Dias, coordenador do fórum e governador do Piauí, afirmou que os gestores defenderam uma posição única na defesa da democracia, do respeito à Constituição e à lei. Um dos intuitos é evitar que os investidores deixem o país por conta da instabilidade entre o Judiciário, Legislativo e Executivo.
“Da nossa parte tem que haver a insistência ao diálogo para com o presidente da República para que aí possamos parar com essas interpretações que, muitas vezes, só provoca cizânia e desentendimento, e cada vez mais o acirramento entre extremos”,
afirmou Ronaldo Caiado.
Outro ponto abordado na reunião foi com relação aos preços dos combustíveis e a inflação. Em alguns estados, a gasolina já ultrapassou a marca dos R$ 7. Bolsonaro segue tentando empurrar a culpa no colo dos governadores, atribuindo os sucessivos aumentos ao ICMS, imposto estadual. As questões têm sido classificadas pelos gestores como “falácias”.
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“Houve nove aumentos de combustíveis nesse ano, e também por causa da instabilidade política que faz o dólar chegar a R$ 6, que puxa o aumento de combustíveis. Precisamos criar ambiente de harmonia, tranquilidade. Se o dólar cai, o combustível certamente vai cair. Não tem nenhum governador que tem aumentado o ICMS dos combustíveis. Isso é uma falácia grande, tentando culpar os governadores a culpa pelos 9 aumentos dos combustíveis”,
Ibaneis Rocha, governador do DF
Os gestores também informaram que preparam uma carta para os chefes dos Poderes, como da Câmara dos Deputados, do Senado e do STF, para que possam ser marcados encontros com o objetivo de diminuir a instabilidade política, além de avançar em pautas de interesse dos estados.