De cada 100 brasileiros, 79 estão endividados com alguma coisa. São dívidas de curto, médio e longo prazos. Mas, são dívidas. O número preocupa porque tem aumentado. Ano passado, neste mesmo período, o percentual era um ponto menor, ou seja, 78 por cento. E, todo mundo sabe que recuperar finanças não se faz da noite para o dia, nem do dia para a noite. É uma construção. Às vezes, demora mais tempo do que se prevê. Daí, o acendimento da “luz amarela” da preocupação. Dinheiro não dá em árvore. É preciso ganhá-lo, uma tarefa que tem se tornado cada vez mais difícil no decorrer da última década, com juros aviltantes, o custo de vida nas alturas e o desemprego campeando de Norte a Sul e de Leste a Oeste desse imenso País. Muita gente já não consegue equilibrar as finanças e, desesperadamente, busca auxílio em bancos, financeiras e outros tipos de ágio. Situação não muito recomendável, tendo em vista a dificuldade de uma recomposição econômica em prazo razoável.
Subiu, também, o número de inadimplentes (não confundir com os endividados) aqueles que não têm conseguido honrar com seus compromissos há mais de 90 dias. Trata-se de um volumoso exército que só não é maior porque o Governo Federal tem acudido com diversos programas sociais, dentre eles o Auxílio Brasil, que teve reajuste de 50 por cento (passou de 400 para 600 reais) o que causou um certo alívio. Mas, é bom lembrar que este “respiro” só vai até dezembro. De janeiro em diante, independentemente do resultado das eleições, será uma nova história. E, uma história da qual ninguém (nem o atual governo) sabe direito, ainda, qual é o enredo, como se desenvolverá e como terminará. A incerteza campeia entre todos nós. Mesmo que seja mantido o atual governo (reeleição de Bolsonaro) a realidade será bem diferente. Se vier outra proposta governamental, também, será uma incógnita. Enquanto isso não ocorre, resta a cada um de nós brasileiros fazer o dever de casa, ou seja, ganhar mais e gastar menos. Economia moderna é isso.
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Claro é que os mais prevenidos, ou os que têm mais juízo, já tomam suas providências, dentre elas, o enxugamento de despesas, cortes de supérfluos e opção pelo mais barato, mesmo que de menor qualidade. Até os mais abastados, aqueles que têm muita grana, se tiverem o mínimo de bom senso, devem optar pela remissão de seus valores e regrarem o dispêndio desnecessário. Estamos em economia de guerra e, por enquanto, o Governo tem segurado a barra. Só que, tudo tem limite e, por mais que ele se esforce, ninguém garante até quando vai ter dinheiro para acudir as carências de todos. A saída, por certo, está no aumento da renda das famílias, via empregos. Fora disso, parece inevitável a vinda de dias sombrios, de mais dificuldades ainda. Não se prega, aqui, o caos, nem o terrorismo barato. Muito pelo contrário, adverte-se para que ninguém seja apanhado de surpresa. Se já não o foi.