Na última semana, a capital indiana de Nova Délhi ganhou repercussão devido ao confinamento parcial inédito para proteger os cidadãos de uma neblina tóxica, oriunda da poluição. O cenário, infelizmente, não é exceção na Índia, o segundo país mais populoso do planeta. Na China, que é o primeiro, a situação também não é muito diferente quando o assunto é cidades poluídas.
Em um levantamento feito pela organização IQAir, os dois países figuram no topo de uma classificação pouco festejada: ambos apresentaram as cidades de maior índice de poluição no ar em 2020. Dos 100 polos mais poluídos do planeta, 46 são indianos, outros 42 são chineses e as demais divididas em outras quatro nações (Paquistão, Bangladesh, Indonésia e Tailândia).
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O estudo mede a quantidade de partículas inaláveis, conhecidas como PM2.5, compostas pela soma de gotículas líquidas e partículas sólidas que incluem poeira, fuligem e fumaça. O cálculo é utilizado para classificar a qualidade do ar. Eis as classificações de acordo com o índice:
- Entre 0 e 50: boa;
- Entre 51 e 100: moderada;
- Entre 101 e 150: não saudável para grupos sensíveis;
- Entre 151 e 200: prejudicial à saúde;
- Entre 201 e 300: muito prejudicial à saúde;
- A partir de 301: extremamente prejudicial à saúde.
Ao medir a quantidade das PM2.5, o estudo aponta que a cidade chinesa de Hotan é a que apresenta o maior índice, com 110,2. Em seguida vêm as cidades indianas Ghaziabad (106,6), Bulandshahr (98,4) e Bisrakh Jalalpur (96).
Países e capitais
Entre os países mais poluídos, a situação se altera. A Índia aparece em 3º lugar, com um índice de 51,9. Fica atrás do Paquistão (59,0) e de Bangladesh (77,1) que ocupa a 1ª posição. A China está em 14º lugar, com um índice de 34,7.
Citada no início da matéria, a capital da Índia, Nova Délhi, aparece com índice de 84,1, ocupando o 1º lugar no ranking das capitais. Dhaka, capital de Bangladesh, ocupa a 2ª posição com 77,1, enquanto Ulan Bator, na Mongólia, fecha o Top 3 com índice de 46,6.
Segundo o levantamento, a poluição do ar continua a ser “um dos maiores riscos à saúde”. O estudo afirma também que a baixa qualidade do ar causa cerca de 7 milhões de mortes prematuras por ano, sendo que mais de 3 milhões são de crianças.
“Estima-se que a poluição do ar custará à economia anualmente mais de US$ 2,9 trilhões devido à emissão de combustíveis fósseis ao mesmo tempo que contribui para uma série de problemas ambientais graves”, diz o relatório.