Segundo o IBGE, uma das explicações está na queda da produção de farmacêuticos e farmoquímicos, assim como na fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos.
Em abril de 2021, a produção industrial goiana registrou queda de 3,6% frente a março de 2021 (série com ajuste sazonal).
Já a produção industrial nacional caiu 1,3% na mesma base de comparação, sendo a terceira queda consecutiva.
Na comparação com abril de 2020, a indústria goiana apresentou queda de 8,7%, apresentando valores negativos em três dos quatro índices já divulgados.
Sendo assim, a produção goiana já tem um acumulado de -6,4% no ano.
É a primeira vez desde setembro de 2019 que o acumulado nos últimos 12 meses apresenta resultado negativo (-0,3%).
Já na indústria nacional, houve um avanço de 34,7%, sendo o oitavo resultado positivo seguido e o maior resultado desde o início da série histórica em janeiro de 2003.
Em contrapartida, é a primeira vez que a indústria nacional registra acumulado positivo nos últimos 12 meses, uma vez que o último acumulado positivo havia sido registrado em fevereiro de 2019 (0,4%).
Para explicar a queda de 8,7% da produção industrial goiana em abril de 2021 em comparação com mesmo mês de 2020, investigam-se as principais atividades que compõem a indústria goiana.

Indústria de transformação
Enquanto a indústria extrativa se manteve estável (0,1%) no mês, a indústria de transformação alcançou sua sétima queda consecutiva em abril (-9,1%).
Dentre as atividades desta indústria que tiveram maior queda na produção foram: a fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-62,5%) que apresentou a sétima queda consecutiva e acumula no ano um encolhimento de 36,1%.
Ainda: a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-23,3%) que apresentou a quarta queda seguida na produção e já acumula no ano um encolhimento de 20,9%.
Por fim, a fabricação de produtos alimentícios (- 3,1%), que é a principal atividade da indústria goiana, registra quedas desde outubro de 2020 e acumulou no ano variação negativa de 4,1%.
Os produtos que tiveram mais influência para a redução dessas atividades foram medicamentos, latas de ferro e aço para embalagem de produtos diversos e leite em pó respectivamente.
Crescimento
Por outro lado, as atividades que apresentaram crescimento na produção foram a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (5852,4%), sendo o maior aumento da série histórica, principalmente causado pela paralisação na produção ocorrida de abril de 2020, decorrente da pandemia de Covid-19.
A atividade já registra um acumulado no ano positivo (41,0%), mas o crescimento ainda não foi suficiente para que o acumulado nos últimos 12 meses seja positivo (-16,8%); a fabricação de produtos de minerais não-metálicos (55,5%), que registra o nono crescimento consecutivo e já acumula no ano um crescimento de 27,2%.
Finalmente, a fabricação de outros produtos químicos (10,9%), que apresenta o sexto crescimento consecutiva na produção e acumula no ano um crescimento de 15,4%.
Os produtos que tiveram mais influência para a redução dessa atividade foram automóveis com motor a gasolina, álcool ou bicombustível, massa de concreto e superfosfatos respectivamente.
Locais pesquisadas com maiores taxas negativas
Bahia (-12,4%)
Goiás (-3,6%)
São Paulo (-3,3%)
Locais pesquisados com maiores taxas positivas
Amazonas (1,9%)
Rio de Janeiro (1,5%).
O que é?
A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) gera indicadores de produção mês a mês para as indústrias extrativa e de transformação. As informações nos permitem analisar o nível da produção ao longo do tempo para uma mesma Unidade da Federação ou entre Unidades da Federação, em diferentes setores de atividade. (Com informações do IBGE)