A partir da década de 70, quando as corridas de automóvel ficaram mais famosas e glamourosas, o Brasil entrou na onda, principalmente depois das brilhantes atuações de vários de nossos pilotos. A fila foi puxada pelos irmãos Fittipaldi (Emerson e Wilson) e contou com outros expressivos pilotos, como José Carlos Pace, Nelson Piquet, Alex Dia Ribeiro, e, uma geração depois, Ayrton Senna, Rubens Barrichello e Felipe Massa, dentre outros.
E, por conta da paixão dos brasileiros pela Fórmula Um, foi que este esporte ganhou espaços generosos na mídia e nos projetos econômicos. O sonho de milhares e milhares de crianças e adolescentes brasileiros residia em um carro de Fórmula Um. Devido a esta “febre”, começaram a surgir os kartódromos (pistas destinadas a prova com os protótipos chamados kart) por todo o Brasil, uma tendência que durou várias décadas e, até hoje, é marcante em muitas partes do Brasil.
Veja mais: O Redemoinho de Deus!
Corria o ano de 1987… Adhemar Santillo era o Prefeito Municipal. Desportista nato, logo vislumbrou a possibilidade de encaixar Anápolis na relação das cidades com kartódromos. E, assim foi feito. Com um projeto inovador, moderno e ousado, o Município ganhou sua pista, uma das melhores do Brasil à época. Em grande parte das outras cidades, as competições de kart eram desenvolvidas em pistas improvisadas, inclusive nas vias públicas. Anápolis saiu na frente com um belíssimo kartódromo.
E, para inaugurá-lo, organizou-se uma competição de nível internacional. Foi a realização do Campeonato Sul Americano de Kart que trouxe pilotos de vários países para as disputas. A maioria, por certo do Brasil. E, dentre os pilotos que concorreram na primeira competição oficial, justamente o Campeonato Sul Americano, estavam ninguém mais, ninguém menos que Rubens Barrichello e Christian Fittipaldi que, mais tarde, brilharam na Fórmula Um Internacional.
Nos anos subsequentes o Kartódromo Internacional de Anápolis, que ganhou o nome de “Razem Abrahão Elias Neto”, foi palco de incontáveis disputas memoráveis. Campeonatos regionais, nacionais e locais foram realizados naquela praça esportiva, o que deu a Anápolis, uma mídia espontânea de grande alcance. Mas, este sonho acabou. As sucessivas crises econômico/financeiras provocaram desânimo nos adeptos deste esporte e as corridas foram diminuindo, até se encerrarem oficialmente. Era um esporte cada vez mais dispendioso, devido à elevação dos preços dos veículos, das peças de reposição, e dos combustíveis.
Agora, entretanto, surge uma excelente notícia: a Prefeitura pretende revitalizar e reativar o Kartódromo Internacional, medida bem aceita pelo público desportivo que gosta do automobilismo. As primeiras providências já foram tomadas e a expectativa é de que, em breve, os motores voltem a roncar naquela miniautódromo que já deu incontáveis alegrias para os anapolinos amantes deste nobre esporte.