“Este ano é um ano de união, incluindo a classe política, os empresários, os trabalhadores, enfim, todos de uma maneira geral, pela superação da crise mundial. Porque a crise já chegou nas casas, nos trabalhadores, já chegou nas famílias, pois à medida em que a pessoa perde o emprego, isso desestrutura toda a família. Então, na minha opinião, não é hora de se falar em política, em eleições. Eleição fica para o ano que vem e é lá que vamos tratar desse assunto. Por enquanto, entendo que é melhor deixarmos isso para 2010. Por enquanto, é bom que todos nós nos concentremos em busca de soluções para a crise”. Palavras ditas pelo senador Marconi Perillo (PSDB) ao Jornal CONTEXTO ontem, ao ser questionado sobre o movimento “volta Marconi”, iniciado por algumas lideranças, propondo a sua candidatura ao Governo de Goiás no ano que vem.
Marconi Perillo destacou, ainda, o esforço que a Mesa Diretora do Senado, da qual é o primeiro vice-presidente, para enxugar despesas e cortar gastos naquela Casa. Ele entende que é necessário que se reduza, drasticamente, o número de diretorias e secretarias e que se promova uma readequação, criando um novo organograma no Senado. Marconi defende que seja estabelecido um número máximo de seis diretorias para que se possa ter economia e agilidade, além de dar exemplo ao Brasil de racionalidade quanto aos gastos públicos na chamada Câmara Alta. “Num momento em que vivemos uma grande crise mundial, com reflexos no Brasil, com empresas fechando postos de trabalho, é bom que todos nós nos unamos em torno dos trabalhadores, dos empreendedores para a manutenção dos empregos. Então é importante que o Senado dê esse exemplo para que possamos ver, de novo, o Brasil crescendo”, disse o parlamentar goiano.
Cotas
O senador tucano comentou, ainda, a aprovação, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, da proposta de se estabelecerem cotas para as chamadas minorias, nas universidades brasileiras. Marconi lembra que quando governou Goiás, instituiu esse sistema na Universidade Estadual (UEG), criando vagas especiais para negros, pardos e índios, mas que, hoje, tem outra visão a respeito do assunto. Para ele, seria bem mais importante se criarem cotas sociais e não raciais. “Cheguei à conclusão de que o ideal é que todos os povos tenham os mesmos direitos e que todos os alunos das escolas públicas, os alunos pobres, tenham oportunidades iguais”, disse. Perillo assegurou, ainda, que considera mais democrático o sistema de cotas sociais. “Se não mudarmos, corremos o risco de deixar de fora, por exemplo, os brancos pobres. Entendo que todos devam ter os mesmos diretos sociais. Alunos que estudem nas escolas públicas e sejam filhos de pais pobres, oriundos de famílias humildes, independentemente da cor e da raça, devem ter as mesmas oportunidades”, disse.
Marconi Perillo falou mais que apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) estabelecendo a criação das cotas sociais, em vez das cotas raciais, e pediu, esta semana, o apensamento dessa proposta junto à Mesa Diretora. O senador tucano disse que com as cotas sociais, permite-se uma maior igualdade, uma vez que elas vão permitir a que estudantes que não puderam frequentar bons colégios, tenham mais espaço na corrida a uma vaga para a universidade.
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