Ao definir sua filiação (dia 30 de setembro, quarta-feira) ao PMDB, frustrando alguns partidos políticos como PP e PT, Henrique Meireles evitou, ao máximo, falar em candidaturas. Ele, que vem sendo cotado para disputar o Governo do Estado, ou uma das vagas de Goiás para o Senado da República, no ano que vem, preferiu ser contido em suas declarações, principalmente para não constranger lideranças importantes do PMDB, dentre elas o Prefeito de Goiânia Íris Rezende Machado, virtual candidato ao Governo do Estado. É que o PMDB de Íris tem sido o principal aliado do PT do Presidente Lula. Em Goiânia, Paulo Garcia, do PT, é vice de Íris Rezende.
Mas, a discrição de Meirelles não arrefeceu os ânimos dos peemedebistas goianos, que vêm na sua filiação um grande avanço para a recuperação da autoestima do Partido que, nas últimas eleições, tem colecionado insucessos. O PMDB, por três vezes seguidas, perdeu a Governadoria do Estado (duas para Marconi Perillo-PSDB) e uma para Alcides Rodrigues (PP). Além disso, o Partido perdeu as vagas do Senado da República, antes ocupadas por políticos como Iram Saraiva, Íris Rezende, Mauro Miranda e Henrique Santillo. Os senadores por Goiás hoje são do DEM (Demóstenes Torres) e PSDB (Lúcia Vânia e Marconi Perillo).
Anápolis
Considerado anapolino (nasceu em Anápolis, mas foi criado em Goiânia) Henrique Meirelles é eleitor em sua terra natal, tendo, inclusive, votado aqui nas eleições para prefeito e vereador no ano passado. E, caso se disponha, mesmo, a disputar uma vaga, seja de senador, de governador ou qualquer outra, não deixa de colocar o nome de Anápolis, novamente, na chamada grande mídia. Assim, a cidade que tem mais de 220 mil eleitores, mostraria importância vital no pleito de 2010. É que o Município contaria, além de Henrique Meirelles, com outros nomes significativos, como o de Rubens Otoni (PT) que pode ser candidato a governador, a vice, ou, mesmo, a senador. De igual forma, outro anapolino proeminente, o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) está com seu nome colocado como opção para disputar o Governo Estadual em 2010. Além disso, o Senador Marconi Perillo, que embora tenha seu domicílio eleitoral em Palmeiras de Goiás, considera-se “anapolino politicamente”, devido às expressivas votações que sempre obteve no município.
Dependência
Mas, tudo, ainda, depende de Henrique Meirelles. Se ele for candidato em Goiás, a história é uma. Caso contrário, muda tudo. E, segundo se observa, essa dúvida perdurará, pelo menos, até março do ano que vem. Este é o prazo estipulado pelo próprio Presidente do Banco Central. É que ele tem apregoado não ser momento para conjecturas políticas, o que, por sinal, poderia influenciar em seu trabalho à frente da principal instituição financeira do País.
Sem contar o fato de que, parte da imprensa nacional, e, mesmo, importantes lideranças políticas, afirmarem que Meirelles se filiou ao PMDB, principal aliado do PT em nível nacional, não para ser candidato a governador ou a senador por Goiás. Seu foco estaria, muito mais, no âmbito nacional. Segundo se comenta, ele se sentiria muito confortável, e à vontade, com uma indicação para vice-presidente, na chapa da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Ou, quem sabe, até no lugar dela, como candidato à sucessão de Lula, caso a candidatura (quase) oficial da Ministra não ganhe fôlego. Meirelles seria, por assim dizer, “a bola da vez”, ou a primeira alternativa do Presidente Lula. É esperar para ver. E votar.
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