Contando somente os postulantes que obtiveram acima de mil votos para deputado federal, nas eleições de 2006, Anápolis ofereceu mais de 43 mil sufrágios, grande parte para “ilustres desconhecidos”. Isto, se for levado em consideração que o deputado Ronaldo Caiado (PFL), natural de Anápolis, mas que tem domicílio eleitoral em outra cidade, seja considerado candidato local. Ele obteve 7.265 votos. O candidato “de fora” campeão de votos em Anápolis nas eleições de 2006 foi Matusael Nascimento, o cantor gospel “Matos Nascimento”. Sem nunca ter qualquer participação na vida política de Anápolis, Matos Nascimento, ex-integrante da banda “Paralamas do Sucesso” (antes de se converter ao protestantismo) teve a força de sua votação na comunidade evangélica local. Ele visitou Anápolis esporadicamente durante eventos religiosos, como congressos e encontros promovidos por igrejas evangélicas locais. Vale dizer, entretanto, que outros evangélicos de Anápolis, também, se candidataram a deputado federal, mas não obtiveram êxito. Ele foi votado por nada menos que 6.198 anapolinos. Candidato pelo PSC, todavia, “Matos Nascimento” não se elegeu. O segundo colocado nesta competição foi o radialista Sandes Júnior, que em 2002 já havia levado mais de seis mil votos de Anápolis. Sandes é de Goiânia e teria obtido os votos dos anapolinos graças a um sistema de mala direta (cartas) escritas aos seus ouvintes/fãs. Em 2006 ele obteve 5.238 votos na cidade.
O terceiro maior volume de votos de Anápolis para candidatos que não têm qualquer relação política com a cidade, foi conferido à ex-secretária da Educação Raquel Teixeira (PSDB). Ela foi votada por 4.5l4 anapolinos. A lista dos “estrangeiros” conta, também, com o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB) que obteve 4.315 votos no Município de Anápolis. Ressalte-se que candidatos “de Anápolis” conseguiram bem menos votos que esses “estrangeiros”. É o caso de Romualdo Santillo (PSC) que somou 4.043 votos; Wesley Silva (PMDB), com 3.592 e Sebastião Reis (PSB), com 2.233 votos.
Outros votados
Rose Wayne Oliveira (Rosiron Waine-PSDB), obteve 3.748 votos; João Campos (PSDB) 2.721; Íris Araújo (PMDB), 2.823; Fernando Neto (PMDB), 2.375; Sandro Mabel (PL) 2.236; Vilmar Rocha (PFL) 2.034; Raimundo Carneiro (PMDB) 1.959; Francisco Sobrinho (PSDB) 1.206; Jovair Arantes (PTB), 1.169; Fábio Tokarski (PC do B) 1.070; José Fuscaldi (PTB) 1.019.
Os candidatos “de Anápolis”, mais votados para deputado federal, pela ordem, foram Rubens Otoni (PT), 38.508, Pedro Canedo (PP) 26.849 e José Izecias (PSDB) 5.275. Ressalte-se que Rubens Otoni obteve mais votos fora de Anápolis do que no município considerado sua base eleitoral. De acordo com os analistas, caso houvesse uma maior conscientização dos eleitores de Anápolis, a cidade poderia estar contando, hoje, com, pelo menos, dois deputados federais. A mesma análise se aplica no caso das candidaturas a deputado estadual. E, conforme avaliações, caso não seja feito um trabalho de orientação, a tendência é que o fato se repita, devido ao grande contingente de eleitores em Anápolis, mas que têm raízes políticas, familiares, sentimentais e de amizade em outros municípios, preferindo votar nos candidatos oriundos das regiões de onde procedem.
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