Por todo o mundo, as populações andam meio que assombradas com os estragos provocados pela força das águas. No meio urbano, com as inundações de residências, estabelecimentos comerciais, industriais e prestacionais de serviços. No meio rural, a avassaladora ação decorrente das inundações de córregos, ribeirões e rios que transbordam a cada chuva mais pesada, com resultados imprevisíveis. Chama a atenção, o fato de que, em muitos pontos onde não ocorriam esses fenômenos, eles passaram a incidir, e, com certa frequência, o que assusta a muita gente. Casas que caem, lavouras que rodam, carros que são levados pelas enxurradas. Um suplício.
Para muitos, são obras do acaso, coisas imprevisíveis, caprichos da natureza. Mas, para os mais sensatos, não se trata apenas, e, tão somente, disso. A responsabilidade (e, a culpa) tem autoria: o homem. Isso mesmo… A avareza, a ganância e a vontade, às vezes, incontrolável de ganhar dinheiro, fazem com que os humanos percam a razão, se envolvam em ataques gratuitos aos ecossistemas e os resultados não demoram a aparecer. Ou, não é o homem o responsável pela derrubada das matas, consequentemente impedindo o bloqueio natural que elas fazem das águas pluviais, o que ocasiona o assoreamento dos rios e as inevitáveis catástrofes.
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Não é este mesmo homem quem escava os morros, o que abala o terreno e provoca os deslizamentos? Não são os humanos os causadores dos entupimentos das galerias de captação da água das chuvas, que impermeabilizam toda a estrutura urbana, que, por conseguinte, resulta em alagamentos e estragos nas vias públicas?
Assim, enquanto não houver entre a população que se diz civilizada, mas que não demonstra isso, ao agredir a natureza, enquanto não se ensinar às criança a crescerem respeitando o ecossistema e, enquanto a sanha e a avidez por dinheiro falarem mais alto, lamentavelmente, vai-se conviver com essas anomalias da natureza. Até quando, ninguém sabe…