No trabalho de combate ao cibercrime em Goiás, o Ministério Público Federal obteve êxito na quinta denúncia de sete movidas contra 50 pessoas envolvidas na Operação Pegasus, deflagrada em 2005. A 5ª Vara da Justiça Federal condenou Dejair Antônio de Oliveira, Lucivan de Sousa Lobo e Adriano José de Santana a penas que chegam a sete anos de reclusão. Eles são apontados por FURTO eletrônico envolvendo a Caixa Econômica Federal e o Bradesco.
A Operação Pegasus prendeu mais de 110 pessoas em 2005. Um ano depois, a Justiça condenou quatro pessoas. Outras três sentenças foram proferidas nos anos seguintes, condenando mais 19 envolvidos. O “modus operandi” dos condenados consistia em espalhar, pela Internet, “vírus” capaz de monitorar e capturar informações inseridas pelo usuário, conhecidos como “cavalo de tróia”.
Essas informações eram remetidas para um servidor ou caixa de e-mail dos criminosos. De posse dessas informações, acessavam a conta da vítima e transferiam os valores para contas de “laranjas”. Em escutas telefônicas, o sentenciado Dejair Antônio revela detalhes do esquema. Confira a transcrição da interceptação feita pela Polícia Federal:
“Dejair liga para HNI (não identificado no processo) e diz que tem uma vermelha (Bradesco) com investimento para resgatar no valor de R$ 4.000. HNI auxilia Dejair a fazer o empréstimo, HNI pergunta a hora que é, Dejair diz que são 20:10. HNI fala para não mexer na conta, pois é somente até às 20:00, para ligar pra ele depois que ele fala como fazer o empréstimo”.
Dejair Antônio recebeu a maior pena dos três condenados: sete anos e dez meses de reclusão em regime semi-aberto. Lucivan de Sousa foi condenado a seis anos e onze meses de reclusão em regime semi-aberto. Já Adriano recebeu a menor pena (dois anos) por ter contribuído para as práticas criminosas com a cessão de conta bancária e senha, viabilizando a subtração de valores por parte da quadrilha.
Outras duas denúncias da Operação Pegasus ainda tramitam na Justiça Federal. A orientação do Ministério Público Federal para que o cidadão não se torne uma vítima dos crimes na Internet é evitar transações bancárias em lan houses ou em computadores compartilhados, excluir e-mails duvidosos e spams, evitar sites suspeitos e ter um anti-vírus sempre atualizado no computador. (Assessoria da Procuradoria da República em Goiás)
João de Abadiânia acumula mais de 271 anos em condenações na Justiça
Denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), João Teixeira de Faria foi condenado a 48 anos e 6 meses de...