Acossado por denúncias em fase pré-eleitoral, o senador pelo PSDB, Marconi Perillo, dribla as adversidades comuns a este período, usando uma de suas armas mais eficientes: a articulação política. Nas brechas que tem em sua agenda parlamentar, ele gira pelo interior conversando com as suas bases políticas. Assim, busca sedimentar a sua candidatura para a sucessão de Alcides Rodrigues e um possível retorno ao Palácio das Esmeraldas.
Governador em dois mandatos (1998 a 2002/2002 a 2006), Perillo vivenciou duas fases políticas bem distintas em sua carreira política. Na primeira disputa, era considerado um “azarão”, com o seu nome caindo nas tabelas nas pesquisas de opinião. Venceu Iris Rezende (PMDB) com pequena margem no primeiro turno eleitoral: 946.588 votos contra 914.035. No segundo turno, comemorou a vitória com 1.157.988 votos contra 1.015.340 sufrágios dados ao adversário. Em 2002, já desfrutando de uma bagagem política mais ampla e não sendo mais um “azarão” e, sim, um candidato oficial (chapa branca, conhecido jargão no meio político), Marconi disputou a reeleição tendo outro adversário do PMDB, Maguito Vilela. Desta vez, Marconi impôs uma derrota ainda no primeiro turno, conquistando 1.301.554 votos (51,2% dos votos válidos naquele pleito). Em 2006, obteve votação histórica em Goiás, concorrendo a uma cadeira no Senado Federal: mais de 2 milhões de votos.
Este retrospecto mostra, portanto, que a carreira política de Marconi Perillo tem uma trajetória ascendente e, por isso, não pode ser menosprezada pelos adversários. O cenário político atual dá indicativos de um novo confronto entre o PMDB e o PSDB. Enquanto o primeiro aposta suas fichas na grande densidade dos colégios eleitorais de Goiânia e Aparecida de Goiânia, o PSDB mira o interior, incluindo Anápolis, terceiro maior colégio eleitoral de Goiás, que teve peso decisivo nas três últimas eleições de governador. Duas com o próprio Marconi e a última com Alcides Rodrigues, que obteve votação expressiva no município, onde foi interventor, indicado por Marconi. São as voltas que a política dá.
Iris Rezende ainda não oficializou a sua intenção de se candidatar, estaria à espera de uma definição do neo-peemedebista Henrique Meirelles. Enquanto isso, tem se cacifado pela boa gestão na administração da capital. E, nas bolsas de especulação, tem-se como quase certa a sua postulação. E, se assim for, será então o segundo round de uma luta de dois grandes nomes da política goiana, na batalha pelos votos dos goianos.
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