Polícia Federal desarticula grupo de militares envolvidos em plano golpista que incluía assassinatos e ataque coordenado com táticas militares.
Operação expõe uso de táticas militares e conexões políticas
A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (19) quatro militares da reserva e um policial federal. Todos foram acusados de planejar assassinatos de líderes nacionais, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
O grupo, conhecido como “kids pretos”, reuniu militares das Forças Especiais e elaborou estratégias militares avançadas. Nesse contexto, o plano recebeu o nome “Punhal Verde e Amarelo” e estava previsto para dezembro de 2022, logo após a derrota de Bolsonaro nas urnas.
Entre os investigados, o general da reserva Mário Fernandes ganhou destaque por incentivar adesões ao golpe entre militares. Fernandes, ex-secretário-executivo no governo Bolsonaro, atualmente ocupa o cargo de assessor do deputado Eduardo Pazuello. Além disso, ele já havia enfrentado outras investigações relacionadas ao tema.
A Polícia Federal, em colaboração com o Exército Brasileiro, cumpriu mandados em estados como Distrito Federal, Rio de Janeiro, Goiás e Amazonas. As investigações apontaram crimes de organização criminosa, golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Paralelamente, os investigadores descobriram mensagens detalhadas que explicavam os ataques e expuseram o uso de conhecimentos técnicos pelos envolvidos. Esse conjunto de evidências reforçou a gravidade dos atos planejados e o nível de organização do grupo.
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