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Polícia e empresários buscam soluções

de Claudius Brito
29 de maio de 2009
em Segurança
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Coronel Vicente

Coronel Vicente

A Associação Comercial e Industrial de Anápolis (Acia) deu início, na última quarta-feira, 27, a um fórum de discussão sobre a segurança pública no município. O objetivo, de acordo com o presidente da entidade, Ubiratan da Silva Lopes, é conhecer o trabalho e visualizar as dificuldades enfrentadas pelas corporações (Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Federal), bem como pelo Ministério Público e o Judiciário, “para que possamos atuar conjuntamente na busca de soluções para os problemas diagnosticados”, assinalou.
O primeiro ciclo dos debates foi com a Polícia Militar. Da reunião, participaram o subcomandante geral da PM no Estado, coronel Raimundo Nonato; o comandante do 3º. Comando Regional coronel Vicente Ferreira; os comandantes do 4º Batalhão e da 24ª. Companhia Independente, tenente coronel Sidney Pontes e Major Maia, além de vários oficiais. Também participou do encontro o representante do município para a Conferência Nacional de Segurança Pública, empresário Edson Tavares.
Na reunião com os empresários, o comando da PM local apresentou um diagnóstico da criminalidade. E, segundo o coronel Vicente Ferreira, o que mais preocupa a polícia é a escalada do narcotráfico em Anápolis, principalmente o crack, uma droga barata, com mais poder de vício em relação até à própria cocaína – da qual é um subproduto – e que atinge diferentes níveis sociais e de faixa etária. Inclusive, disse o comandante – há muitos relatos de crianças fazendo uso desse entorpecente. Na reunião, inclusive, foram apresentadas imagens captadas pelo serviço de inteligência num site de relacionamento, mostrando de crianças e adolescentes portando armas de grosso calibre e drogas. “Esse é um problema que realmente nos preocupa muito e não é um problema apenas da polícia, é de toda sociedade” ressaltou o coronel Vicente.
Consequências
O problema é que, junto com o aumento do tráfico e o consumo do crack, estão em escala crescente as ocorrências de furtos e roubos a pessoa a outro fator: o aumento no índice dos chamados “pés-inchados”. Inclusive, se investiga denúncia de que desocupados estariam sendo “despachados” de outras localidades para Anápolis. Nas abordagens feitas pela PM, conforme relatou o comandante, boa parte dos elementos tem passagem pela polícia.
Outro drama apresentado: a carceragem pública. O sistema que deveria ressocializar os sentenciados aponta para um diagnóstico de falência. Hoje no Centro de Inserção Social de Anápolis, segundo os dados apresentados, estão recolhidos 118 presos condenados e 232 provisórios, totalizando 350 detentos. Os 139 apenados que deveriam estar cumprindo o regime semi-aberto em albergue, estão gozando de liberdade, porque não há um local para recolhimento. Outros 58 sentenciados estão cumprindo o regime aberto. “Temos que repensar todo este sistema, começar do zero e vamos levar este debate para a Conferência Nacional de Segurança Pública”, defendeu Edson Tavares.
Além disso, o sistema de segurança tem outro inimigo “oculto”: a legislação, que oferece inúmeros caminhos para colocar na rua os marginais tirados de circulação pela polícia. De fevereiro a março deste ano, 186 infratores (que cometeram os mais variados tipos de delitos) foram encaminhados aos departamentos de Polícia. De um total de 104 autuados em flagrante, 64 foram liberados e 40 foram recolhidos. “Mas a polícia vai continuar fazendo a sua parte e agindo com rigor”, disse o coronel Vicente, alertando que o índice de reincidência tem uma média de 76%. Porém, enfatizou, que a PM vai prender os meliantes de forma incessante cumprindo com a sua missão, inclusive, se reforçando com novos armamentos, veículos e equipamentos. Ele lamentou que no País, hoje, a lei seja mais rígida para quem protege a sociedade do que para os transgressores da própria lei e da ordem social.

Monitoramento por câmeras
O subcomandante geral da Polícia Militar, coronel Raimundo Nonato, informou durante a reunião da Acia, que são grandes as chances da liberação de recursos, por parte da Secretaria Nacional de Segurança Pública, para a implantação do sistema de monitoramento por câmeras em Anápolis. O projeto, já aprovado pela secretaria estadual de Segurança Pública, prevê a instalação de pelo menos 40 câmeras em locais estratégicos da cidade e uma central de monitoramento, permitindo uma intervenção rápida da PM, nos flagrantes captados nas imagens.
Além disso, o comandante destacou que há também um projeto em estágio avançado para transformar a 24ª. Companhia Independente em Batalhão, aumentando a sua capacidade operacional e, também, futuramente, o efetivo. E ainda, está prevista a criação, segundo ele, de uma companhia para atendimentos especiais.
“A Polícia Militar de Goiás tem compromisso com a cidade de Anápolis, e nós temos tido a preocupação em trazer os benefícios que são colocados em nível de Goiás”, enfatizou Raimundo Nonato, que já ocupou os comandos do 4º. Batalhão e o 3º. Comando Regional da PM, sediados no município e, hoje, na capital, ocupa o segundo maior posto da PM em Goiás.

Análise da notícia
Em boa hora, a Associação Comercial e Industrial deflagra o debate sobre a segurança pública em Anápolis. E, na primeira reunião, com a cúpula local da Polícia Militar, uma coisa ficou latente: a PM de hoje não é mais como a de alguns anos atrás. A diferença é que, atualmente, a corporação trabalha com o serviço de Inteligência, com planejamento. Não fosse isso, certamente, a criminalidade seria ainda maior.
Na reunião, ficou ainda claro que a questão da segurança pública é muito mais complexa do que se possa imaginar. E ela vai desde o combate às drogas e aos crimes ligados ao submundo, até uma iniciativa aparentemente mais simples como um ato de vandalismo que deixa uma rua sem iluminação ou sem telefone público. O que acaba criando ambiente para ação de marginais.
Outra coisa: os problemas de segurança não estão afetos, do ponto de vista legal, aos municípios. Entretanto, essa é uma realidade que tende a se modificar, porque é no município que as coisas acontecem e as medidas urgem uma descentralização para tornar mais ágil os aparelhos de prevenção e repressão policial.
Por último, o problema da segurança pública não é apenas um caso de polícia, do Ministério Público ou do Judiciário. É um problema de todos, que começa com a educação de berço, passando pela educação escolar. Tudo isso, merece reflexão apurada.
Enquanto as soluções não surgem, cabe à sociedade reconhecer e apoiar o trabalho das polícias, do Ministério Público e do Judiciário, pois são eles, em última instância, os legítimos guardiões da sociedade e o braço forte da paz social. Em se deixando de acreditar nas instituições, aí sim, o caminho se abre para que o caos se instale.

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