A posse de Donald Trump seguiu tradicional protocolo, sem convite a chefes de Estado brasileiros, enquanto Bolsonaro enfrentou veto judicial para viajar.
Nos Estados Unidos, as cerimônias de posse presidencial seguem um rigoroso protocolo que tradicionalmente não inclui convites para chefes de Estado estrangeiros. Essa regra é aplicada consistentemente, independentemente dos laços políticos ou históricos entre os países. Em vez disso, cabe aos corpos diplomáticos a representação oficial de suas nações.
Na posse de Donald Trump, o Brasil foi representado adequadamente pela embaixadora nos Estados Unidos, Maria Luiza Viotti. Essa prática é parte de uma longa tradição, já seguida em ocasiões anteriores, como nas posses de Joe Biden em 2021 e Barack Obama em 2009, que também não contaram com a presença de presidentes brasileiros.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2021, também foi representado pelo embaixador Nestor Forster durante a posse de Biden. Contudo, especialmente neste evento, Donald Trump optou por abrir exceções, convocando alguns líderes mundiais como Javier Milei, da Argentina, e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, evidenciando seleções estratégicas entre seus aliados pessoais.
Controvérsia Jurídica
A presença de Jair Bolsonaro na cerimônia de posse de Trump gerou controvérsia jurídica e política. Bolsonaro alegou ter recebido um convite presencial para a posse, mas foi impedido de viajar devido a questões legais.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou o pedido de Bolsonaro para a devolução de seu passaporte, citando investigações em andamento e o risco potencial de fuga como bases para sua decisão. Ao criticar a decisão, Bolsonaro afirmou ser vítima de uma “perseguição política,” levantando muitas discussões nos círculos políticos e midiáticos.
O ex-presidente expressou profundo descontentamento com o veto imposto à sua viagem, destacando a dificuldade de não poder deixar o Brasil mesmo sem uma condenação formal nos processos em que é acusado. Em resposta a essa situação, sua esposa, Michelle Bolsonaro, viajou para representá-lo no evento, reforçando a complexa teia de interdependências e tensões políticas e sociais que marcam o atual cenário brasileiro.
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