Nas urnas do dia 6 de outubro, os anapolinos vão eleger o próximo prefeito ou prefeita, que terão um desafio grande pela frente, tal qual a cidade é
A campanha eleitoral está entrando para a reta final. Daqui mais alguns dias, melhor dizendo, em 6 de outubro próximo, vamos escolher o próximo prefeito ou prefeita (juntamente com o seu vice), além dos vereadores e vereadoras.
São esses agentes políticos que terão a missão de conduzir os destinos da cidade pelos próximos quatro anos, a partir de 1º de janeiro de 2025. Em especial, o comando do Poder Executivo exercerá um papel importante, que é fazer com que Anápolis permaneça na sua rota de desenvolvimento.
De 1892 até aqui, o município já teve 66 gestores. Cada qual, obviamente, deixou seu legado de contribuição.
Mas, agora, qual é o “raio-x” da cidade a ser administrada pelos ungidos nas urnas em outubro?
Para começar, o próximo gestor ou gestora terá uma cidade com 415.847 habitantes (estimativa do IBGE para 2024) para administrar. Esse contingente populacional está espalhado em um território de 935,672 quilômetros quadrados (zona urbana e rural) e distritos (Goialândia, Interlândia, Joanápolis e Souzânia).
O município tem hoje em torno de 275 bairros. A cidade tem praticamente 100% de sua população atendida com água tratada (serviço universalizado) e a cobertura de esgoto está na casa de 83,9%, conforme dados mais recentes divulgados pela Saneago.
O próximo Prefeito (a) irá também administrar uma cidade que possui o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás. Segundo o último dado consolidado pelo IBGE, de 2021, o somatório da produção de riquezas por aqui foi da ordem de R$ 17,788 bilhões.
A balança comercial do município registrou, em 2023, uma movimentação de mais de US$ 2,10 bilhões, somados os valores de exportação (US$ 260 milhões) e de importações (US$ 1,8 bilhão).
O município abriga o principal polo industrial de Goiás, o Distrito Agro Industrial de Anápolis (DAIA), que conta com cerca de 150 plantas produtivas em pleno funcionamento. São mais de 20 mil empregos diretos.
O município possui o segundo maior polo de produção de medicamentos do país, além de uma indústria automotiva- a CAOA- que opera linhas de produção com duas bandeiras internacionais- a sul-coreana Hyundai e a chinesa, Chery.
No ano passado, Anápolis teve registro no Cadastro de Empregados e Desempregados (CAGED) do Governo Federal, de um estoque de 106.313 empregos com careira assinada.
Embora com dimensão territorial pequena, o município figura como maior produtor de banana e de mexerica em Goiás.
A cidade abriga também um dos maiores complexos operacionais da Força Aérea Brasileira, a Base Aérea de Anápolis (BAAN), com os caças F-39 Gripen, os KC-390 e as aeronaves de sensoreamento remoto.
Além ainda, quem anda pelas ruas pode notar, uma frota de veículos em crescente evolução. Em 2023, os emplacados em Anápolis somaram 319.524.
Vale ainda destacar que a cidade é um considerado polo de referência nas áreas
Estruturas públicas
O próximo gestor ou gestora também terá uma máquina pública de complexidade considerável para administrar.
O orçamento estimado para o ano que vem (1º ano da nova administração), conforme proposta que está em tramitação na Câmara Municipal, deverá ser na casa de R$ 2,158 bilhões.
Parece muito, mas esse orçamento está alinhado à estrutura e às demandas que o setor público tem. E não é pouca coisa. A começar pela folha de servidores que, segundo dados da própria Prefeitura, fechou o terceiro quadrimestre de 2023 num valor aproximado de R$ 716,3 milhões, correspondendo a 46,02% da Receita Corrente Líquida.
O organograma municipal conta com 8 secretarias municipais, mais o gabinete do Prefeito e Vice-Prefeito, Procuradoria, Controladoria, Agência Reguladora, Procon e o Instituto de Seguridade dos Servidores, o ISSA.
A rede educacional municipal conta com 63 escolas, 32 CMEIs e 10 CEIs. Além do Centro Municipal de Ensino à Distância.
Na saúde, são duas UPAs (Alair Mafra e Pediátrica); um Centro Médico (Jaiara); Banco de Leite Humano; três CAPs (Infantil, Vidativa, AD Viver); Hospital do Idoso; Clínica Escola do Autista; dois hospitais municipais (Alfredo Abrahão e Geroges Hajjar, este último, ainda para ser entregue). Também está em vias de ser entregue, uma UPA da Mulher.
Ainda, Hospital Dia do Idoso; Ambulatório Municipal de Oncologia (AMO); Ambulatório Municipal de Odontologia; Centro de Zoonoses; Castramóvel; Centro de reabilitação em Fisioterapia (Crefa). E 45 UBSs- Unidades Básicas de Saúde- espelhada por todas as regiões do município.
Isso, por alto, sem contar dezenas de outros órgãos e equipamentos públicos como praças e parques, os serviços de iluminação e limpeza pública.
Portanto, quem assumi o comando político-administrativo de Anápolis nos próximos quatro anos já tem uma coisada dada como certa: terá muito trabalho pela frente.
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