Solução para se evitar um colapso no futuro é apressar-se o projeto de ampliação do sistema Piancó
Por razões de ordem geológica, a região de Anápolis é uma das de menor produtividade de água potável subterrânea em todo o Centro Oeste. Isto, por certo, é uma ameaça de colapso no fornecimento de água em médio, ou, longo prazos. A informação de que o subsolo anapolino é “pobre” no que tange à produção de água, foi da Gerente Regional da SANEAGO, Tânia Valeriano Pereira, durante entrevista à Rádio Imprensa 104,9 FM. Ela diz que, enquanto as regiões Sul e Sudoeste são pródigas em água subterrânea, com (calculadamente) 15 a 20 vezes mais volume que Anápolis, há a preocupação quanto ao esgotamento da reserva.
A Gerente da SANEAGO explicou que, por precaução, a Empresa faz a abertura de poços artesianos (300 metros de profundidade, em média) e semiartesianos (50 metros de profundidade, em média) distante do centro urbano, onde vários edifícios, empresas e, até, residências se utilizam da captação de água do subsolo. “Isto, para que não se comprometa o lençol freático e provoque-se uma situação descontrolada”. O correto, em sua avaliação, “é fazer o que a SANEAGO faz no momento: fortalecer a oferta de água fluvial (através do sistema Piancó/Anicuns/Capivari) para se consumir, cada vez menos, a água oriunda de poços e cisternas”.
Tapa-buracos
A Gerente da SANEAGO esclareceu, ainda, a antiga demanda sobre os buracos feitos nas vias públicas por conta das operações de reparos nas redes de água e esgoto. De acordo com ela, no novo contrato assinado entre a Prefeitura e a SANEAGO há alguns meses (ampliação do sistema de água/esgoto na Cidade), não é previsto o conserto (tapamento dos buracos) das vias públicas pela Prefeitura, procedimento que é feito há vários anos. A Prefeitura não teria demonstrado interesse em manter a parceria que prevê a responsabilidade de se corrigir o pavimento após reparos nas redes, por iniciativa do Governo Municipal que, posteriormente, recebe da SANEAGO. “Até porque, a atividade/fim da Empresa não é pavimentação e, sim, água e esgoto”, diz a Gerente. Ela adianta que para que isto ocorra, seria necessária a abertura de uma licitação para se contratar empresa especializada no assusto e, como se trata de uma atividade dispendiosa e demorada, a demanda não compensa, porque os serviços são de pequena monta.
De acordo com Tânia Valeriano, colhida de surpresa com a decisão da Prefeitura, a SANEAGO tenta reverter a situação para que o Governo Municipal continue a fazer o serviço. Por enquanto, este trabalho ainda não foi interrompido, mas isto pode acontecer, caso não se consiga um novo acordo entre as partes. A exceção fica para as chamadas “obras de grande porte”, como as extensões das redes de distribuição de água potável e coleta de esgotos sanitários. Como são obras empreitadas, as empresas contratadas pela SANEAGO é que têm a responsabilidade de corrigirem os estragos provocados pelos cortes em ruas e calçadas. Tânia Valeriano esclareceu, ainda, que os 17 poços artesianos anunciados pela CODEGO para alimentar o Sistema DAIA, não são de responsabilidade da SANEAGO. A empresa tem aberto novos poços nas regiões Norte e Noroeste da Cidade, em lados opostos ao Distrito Agro Industrial.