Após a passagem do período chuvoso, a obra ganhou um ritmo mais célere e será importante para prevenção de alagamentos
Iniciada no final de setembro de 2022, a obra de canalização do Ribeirão Antas, na região do Bairro Andracel, próximo ao Terminal Rodoviário Josias Moreira Braga, ganhou mais ritmo após a passagem do período chuvoso.
Um dos principais objetivos dessa obra é a redução de alagamentos não apenas naquela região. Mas, certamente, em diversos outros pontos em que o manancial corta o município.

Essa, portanto, é uma pequena parte de um grande desafio que a administração do prefeito Roberto Naves está enfrentando. E, diga-se de passagem, não é um desafio qualquer.
Por isso, essa obra é importante, dentro de um contexto maior em que ela se situa, no sentido de contornar o problema antigo dos alagamentos na região central da cidade.
Nessa frente, ou seja, na canalização que está sendo executada na região do Andracel, o trabalho envolve a utilização de uma técnica conhecida como gabião, uma espécie de gaiola metálica aplicada exatamente para realizar contenções, estabilização de taludes e controle de erosões.
É uma técnica que causa menos impacto ambiental e garante a estabilidade do entorno, como no caso da Avenida Beira Rio, que tem histórico de alagamento.
Segundo já foi divulgado pela Prefeitura de Anápolis, além desse gabião, será realizado também o calçamento dos passeios, construção de meio-fio, plantio de grama e limpeza de 8.318 metros quadrados do córrego.
Essa obra não resolve o problema dos alagamentos, mas sem dúvida, ela é de grande importância.
Não há como negar que não é só um problema não só antigo, mas também de alta complexidade. O Ribeirão Antas, também conhecido como Córrego das Antas, é o maior curso d´água do Município.

São cerca de 27 quilômetros de extensão, nascendo na região do Parque Calixtópolis, com uma pequena derivação para o Oeste, voltando, em seguida, para o rumo Norte, cortando bairros como o Residencial Pedro Ludovico, Parque das Primaveras, Vila São Joaquim, Conjunto Nações Unidas e Vila Góis, atravessando parte do centro da cidade, seguindo rumo Leste para a região do conglomerado de bairros ancorado pelo Recanto do Sol, indo desaguar no Rio Corumbá, já fora da área territorial da cidade.
Ao longo do tempo, construções próximas das margens do manancial, às vezes, de forma irregular, comprometeram e comprometem a fluidez normal do curso d´água.
Ainda, para complicar, ao longo dos anos, foram realizadas obras de canalização. Porém, determinados trechos têm uma “bitola” mais estreita do que em outros e isso também contribui para que haja transbordamentos.