Nilton Pereira
A anunciada UPA Geriátrica, em fase final de instalação no Jardim Progresso, coloca a Cidade na vanguarda da política de atendimento à saúde para uma faixa etária que não para de aumentar no Brasil. Os dados sobre a população idosa no Brasil são indicativos de que as redes hospitalares precisarão focar, ainda mais, na assistência médica a esse público.
Relatos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada em 2018 (último levantamento) apontavam, na época, que o Brasil contava com cerca de 28 milhões de idosos, o equivalente a 13,5% da população. Para 2042, a projeção da população de pessoas acima de 60 anos seja de57 milhões, o que corresponderá a 24,5% (quase o dobro) dos 232,5 milhões de habitantes estimados no País, seguindo a tendência mundial de envelhecimento.
Por conta disso, naturalmente, o corpo humano fica mais suscetível a limitações, tanto para atividades físicas, quanto para ações que requerem o uso da memória e funções cognitivas no geral. Assim sendo, hospitais e redes de atendimento precisam buscar constantemente a adequação a esse grupo de pacientes. Esse aprimoramento é importante para resultar na diminuição de fatores de risco à saúde do idoso, como o quadro de alteração na consciência, desnutrição e queda.
UPA Geriátrica

O pioneirismo existente no projeto de Anápolis é visto como um avanço sem precedentes no que se refere à oferta de serviços médicos, ambulatoriais e hospitalares a esta faixa etária em constante crescimento. E, por ser considerada cidade-polo na prestação de serviços de saúde (é sede da Regional Pirineus, que abrange quase duas dezenas de municípios), a Cidade já atrai a atenção de grande parte das famílias, que enxergam na iniciativa, uma importante ferramenta para ajudar no cuidado para com seus idosos. Além disso, a UPA Geriátrica se propõe a desafogar a demanda existente em outros estabelecimentos da saúde pública.
Ressalte-se que Anápolis já conta com o Hospital-Dia do Idoso, que presta um serviço de excelente nível em diversas áreas médicas, psicológicas e socioassistenciais. Mas, a UPA Geriátrica terá características diferenciadas, uma vez que contará com equipes multidisciplinares com capacidade para uma assistência integral, principalmente nos chamados casos de urgência e emergência. Isto porque, por variados motivos, o tratamento de saúde de uma pessoa idosa difere, em muito, da assistência convencional. O idoso é, naturalmente, mais frágil, tem mais dificuldades de compreensão e sua capacidade motora é, quase sempre, deficitária. Com um estabelecimento específico para sua assistência, como é o caso da UPA Geriátrica, por certo, sua qualidade de vida é melhorada em muito.