“Eu tenho um jeito de governar, o Aécio Neves, em Minas, o Serra (Governador José Serra) em São Paulo, o Arruda (José Roberto Arruda, Governador do Distrito Federal) em Brasília e o doutor Alcides (Alcides Rodrigues, Governador do Estado) têm os deles. Não há como ficar fazendo comparações. Agora, eu e o doutor Alcides temos muitas coisas em comum e, entre elas, a mais importante é o nosso carinho, o nosso respeito e o nosso amor a Goiás e aos goianos”. Palavras do senador Marconi Perillo (PSDB-GO) em vista a Anápolis esta semana, assegurando que não existe nenhum estremecimento entre ele e o Chefe do Executivo Estadual. Marconi disse achar normal e importante que a imprensa esteja explorando os escândalos nacionais, dentre eles a “farra das passagens aéreas” que tem tomado conta do noticiário do País.
Segundo o senador tucano, “quando as pessoas erram, elas devem pagar por seus erros. E a imprensa exerce um papel mais do que fundamental nisso. A imprensa tem ajudado a purificar o sistema político nacional, revelando as coisas erradas. Este é o papel da imprensa. Agora, o que não podemos admitir é uma imprensa irresponsável, antiética e que não se baseia na verdade. É claro que existem profissionais da imprensa que agem assim, como existem maus profissionais em todos os setores de atividade. Mas, no geral, acredito que a imprensa esteja fazendo um bom trabalho”, justificou.
A Celg
Marconi Perillo abordou, também, a polêmica sobre o endividamento da Celg, calculado em aproximadamente R$ 5 bilhões. Para ele, o erro não é de agora. A origem remonta à venda da usina de Cachoeira Dourada. “A usina rendia R$ 100 milhões por mês e de repente, a Celg ficou sem essa receita. Na época (1997) fui contra a venda, mas como era minoria, não houve como reverter a situação. Depois, quando governei Goiás lutei muito para sanar as finanças e as dificuldades da empresa, o que não foi possível em sua totalidade”, declarou o senador.
Ainda sobre a Celg, Marconi Perillo declarou ser favorável à sua venda. “Já que venderam a usina que gerava a energia, dando lucro, agora, não tem sentido ficar comprando energia para revender. Além do mais, há quatro anos a Celg está impedida de majorar as tarifas, por conta de suas dívidas. Ou seja: está devendo e não pode fazer receitas para pagar a conta. Então, é melhor vender”, disse. Marconi Perillo disse estar pronto para debater o assunto, tendo todas as explicações, justificativas e os dados técnicos sobre a Celg, no período em que governou o Estado.
Candidatura
Sobre as eleições do ano que vem, Marconi Perillo disse que o PSDB vai ter candidato próprio ao Governo de Goiás. “Temos de preparar um bom palanque para nosso candidato à Presidência da República e temos de manter a proposta do Governo do Tempo Novo, que vem dando certo há mais de dez anos em Goiás”, declarou. Segundo o senador goiano, o PSDB está se reciclando, preparando nomes para o Senado, para a Câmara Federal e Assembléia Legislativa. “Vamos mostrar ao eleitorado goiano o que foi feito em Goiás durante nosso período à frente da administração e temos a certeza absoluta de que o povo goiano, mais uma vez, irá confiar em nós”.
A respeito da propalada “terceira via”, com o surgimento de um nome alternativo para disputar o Governo – citam-se Ronaldo Caiado, Henrique Meirelles e outros – Marconi Perillo disse não se impressionar. “Pode haver terceira, quarta, até décima via. Mesmo assim, a nossa proposta continuará de pé. O povo goiano já conhece nosso trabalho e não vejo motivo algum para mudar de direção. Independentemente disso, o PSDB terá o seu candidato. Quem será, ainda não sabemos, mas terá”, foi enfático.
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