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UniEVANGÉLICA comanda terapia estimuladora para o desenvolvimento das crianças com Síndrome de Down

de Redação
12 de setembro de 2022
em Anápolis
Reading Time: 6 mins read
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foto de criança portadora da síndrome de down realizando a gameterapia, com uma das mãos em monitor colorido

“O projeto Gameterapia tem como objetivo verificar o aproveitamento dos estímulos por crianças portadoras de Síndrome de Down e como a terapia com games pode contribuir para o seu desenvolvimento. Esperamos que tenham uma resposta melhor na ação motora e cognitiva”. A explicação é da doutora Claudia Santos Oliveira, Coordenadora de Pesquisa da Universidade Evangélica de Goiás – UniEVANGÉLICA, que está à frente do projeto que é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Goiás (Fapeg) e visa estudar o uso de jogos em terapias voltadas a crianças com Síndrome de Down.

Segundo a coordenadora, o projeto, com início previsto para setembro, envolve uma atividade motora, com uso da gameterapia, associada à estimulação transcraniana, sendo esta um tipo de estímulo elétrico que aumenta a atividade cerebral. Desta forma, é possível verificar a eficácia da chamada ‘gameterapia’ no desenvolvimento motor e intelectual das crianças. “Os cuidados dispensados às crianças com Síndrome de Down exigem a utilização de ferramentas que contribuam com seu desenvolvimento intelectual e motor”, diz Oliveira.

A iniciativa funciona no Centro de Pesquisa e Inovação da UniEVANGÉLICA (CEPInova) e integra as atividades do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Movimento Humano e Reabilitação (PPGMHR) da instituição.

Para o reitor da UniEVANGÉLICA, Carlos Hassel, a iniciativa beneficia a comunidade e reflete a excelência da instituição na busca pelo aprimoramento constante do conhecimento produzido. “Estamos avançando nas mais diversas áreas de pesquisa. Na saúde, nosso corpo de pesquisadores faz parte de estudos que afetam positivamente a sociedade. A Gameterapia para crianças com Síndrome de Down é mais um desses exemplos”, declara.

Sandro Dutra e Silva, pró-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Ação Comunitária, ressalta que “o projeto tem como base uma infraestrutura de ponta e laboratórios comparados aos melhores do mundo. A tecnologia utilizada nas terapias para crianças com Síndrome de Down segue modelos desenvolvidos em equipamentos de agências espaciais como a Nasa”.

Já o presidente da Associação Educativa Evangélica, Augusto Ventura, sustenta que “atender à população nas mais diversas áreas está na essência da entidade. Em todas as mantidas da AEE, boa parte da produção de conhecimento é voltada ao atendimento à população. A mantenedora continuará investindo em pesquisas que busquem melhorar a vida da comunidade”.

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A pesquisa, que busca entender quais são os resultados da Gameterapia no tratamento dos pacientes quando comparados à fisioterapia convencional, envolve a população pediátrica portadora de Síndrome de Down com idades entre seis e doze anos. Ao todo, são doze profissionais envolvidos que, juntos, avaliam o uso da Realidade Virtual Não Imersiva (RVNI) através de jogos que treinam tarefas motoras em associação com a avaliação da análise tridimensional de membros superiores, a destreza manual com a escala box and block e a atividade cerebral com exames de eletroencefalograma.

Para isso, os exames contaram com recursos do Governo de Goiás, após aprovação no edital de 2019 da Fapeg. Ao todo, o eletroencefalograma antNEURO eego Sport 32 TM canais, no valor R$ 200 mil, que permitirá dar andamento ao projeto, chegou em Anápolis neste ano e a equipe já passa por treinamento. A fase de coleta de dados com as crianças está prevista para começar em novembro de 2022, com atendimentos realizados na Universidade Evangélica de Goiás em parceria com a APAE-Anápolis – que indicará crianças para participar do estudo.

A bolsista da Fapeg do processo seletivo 2022, Lorraine Barbosa Cordeiro, mestranda em movimento humano e reabilitação na UniEVANGÉLICA, conta que o eletroencefalograma é um exame caro para muitas famílias, que acabavam desistindo de fazê-lo devido ao alto custo. “Em Anápolis, este exame custa entre R$ 350 a R$ 450 e nós vamos oferecê-lo de forma gratuita. Os resultados serão entregues às famílias participantes, que poderão levá-los aos neurologistas que acompanham as crianças”, explica.

Para ela, o financiamento da pesquisa pela FAPEG foi de extrema relevância, uma vez que viabilizou a aquisição do eletroencefalograma, tornando ainda mais completa a pesquisa – assim como as bolsas concedidas, que garantem a dedicação dos pesquisadores neste tema tão relevante. “A FAPEG, sem sombras de dúvidas, investe de forma admirável na pesquisa goiana, o que nos tem feito ser destaque com publicações de impacto na área”, disse.

Natália Almeida Carvalho Duarte também trabalha no projeto e é bolsista da Fapeg. Junto à orientadora do trabalho, ela desenhou o estudo, escreveu o projeto e definiu o protocolo que irá ser realizado. Natália também orienta os alunos de mestrado, doutorado e iniciação científica envolvidos, além de realizar treinamentos com a equipe de alunos sobre as técnicas de avaliação e tratamento utilizadas. De acordo com ela, o estudo possui grande relevância para a sociedade. “Trata-se de uma pesquisa clínica translacional, onde o que estudamos tem o objetivo de difundir o conhecimento. Estudamos para tornar possível a reprodutibilidade da aplicação da técnica em clínicas de fisioterapia de todo o mundo”, informa.

O projeto

O projeto terá, ao todo, cerca de vinte crianças, que serão selecionadas em setembro, de acordo com os critérios de inclusão do projeto. O foco principal são crianças de Anápolis, visto que será ofertado um tratamento de 10 sessões. Trata-se de um ensaio clínico cruzado previsto para seguir até 2024 e que será realizado em três etapas. A primeira é de avaliação do paciente, seguida de intervenção da fisioterapia convencional e uma segunda avaliação, que vai verificar a eficácia da terapia (tanto motora quanto a nível de atividade cerebral).

Já na segunda etapa entra a gameterapia, seguindo o mesmo processo de avaliação, intervenção com o jogo em RVNI e avaliação novamente para verificar a eficácia. A terceira fase do estudo, por sua vez, vai analisar todos os dados para checar se a gameterapia, por ter o lúdico uso de dispositivos tecnológicos, gera uma melhor adesão ao tratamento, consequentemente trazendo melhores resultados se comparados à fisioterapia convencional.

A análise do movimento de membros superiores aliada a análise da atividade elétrica cerebral vai fornecer informações clínicas e neurofisiológicas importantes sobre o comportamento da população de Síndrome de Down. “Essa análise completa nos permite entender o padrão de movimento de membros superiores da população estudada e assim poderemos traçar um objetivo terapêutico específico e individualizado para cada participante”, explica a bolsista de pós-doutorado da FAPEG, Natália Almeida Carvalho Duarte.

O uso da estimulação transcraniana por corrente contínua pode otimizar os efeitos da terapia física que será realizada através de um videogame. Os pesquisadores esperam provar que a otimização dos efeitos pode repercutir em uma atividade elétrica cerebral mais “equilibrada” e em uma consequente melhoria do padrão de movimento e funcionalidade de membros superiores da população com Síndrome de Down.

Segundo a mestranda bolsista pela FAPEG, Lorraine Barbosa Cordeiro, que integra a equipe do projeto, é fundamental o envolvimento da população como um todo para que a pesquisa atinja os resultados esperados. “Por causa da pandemia de COVID-19, muitos pacientes de Síndrome de Down deixaram de frequentar a APAE, então contamos com a divulgação do trabalho e indicação por parte de médicos para que consigamos atingir o público-alvo do projeto. “Quanto mais pessoas participando do estudo, maior será a relevância dele e, consequentemente fortalecemos a ciência e levamos mais qualidade de vida para essas famílias”, justifica a pesquisadora.

Com uma equipe coordenada por Claudia Santos Oliveira e formada por Natália e Lorraine, além da doutorada Daniela Rosana Pedro Fonseca; os pesquisadores colaboradores Jamile Benite Palma Lopes, Doutora da Faculdade de Ciências Médicas de São Paulo; e Danial Kahani, Doutor da University of Strathclyde Glasgow; bem como os graduandos de cursos da UNIEVANGÉLICA, Pedro Augusto Silva Ribeiro, Giovana Lima Silva, Alaor Ferreira de Araújo Júnior, Victoria Renata Evangelista De Freitas, Maria Eduarda Pereira da Silva, Mariana Mendes Trevizan Silva, Giovana Lima Silva; o projeto iniciará, a partir do dia 19 de setembro, as triagens das crianças com Síndrome de Down que irão participar da iniciativa. Os pais que forem de Anápolis e tiverem interesse, podem entrar em contato pelo telefone: (62) 99500-0235.

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