Parabéns ao Contexto pela sua milésima edição! Essa é uma marca histórica. Durante todo este tempo de existência sempre destacou momentos cruciais e importantes da cidade, não apenas noticiando os fatos, mas também moldando a opinião pública e participando ativamente da vida da cidade.
Para um meio de comunicação sobreviver em um tempo de fluidez e transitoriedade, é necessário ter conexão com a realidade, compreensão das mudanças sociais, políticas e tecnológicas, mantendo-se relevante para a comunidade, para assim formar a identidade cultural e social de Anápolis.
Durante este tempo o contexto divulgou grandes mudanças políticas no cenário nacional e internacional: Presenciou a Queda das Torres Gêmeas no atentado terrorista de 2001 em Nova York, atravessou a crise econômica de 2008 que impactou o mundo e o Brasil, com a desvalorização do real, fuga de capitais e a aversão ao risco nos mercados internacionais, trazendo desaceleração econômica e aumento do desemprego.
Teve que se adaptar ao surgimento do marketing digital, já que nasceu sob a égide da Geração Z, que desconhece o mundo sem a internet, num mundo de rápidas mudanças, saindo da comunicação impressa para a comunicação digital.
Não é fácil ser um órgão da imprensa respeitável quando Fake News e pós-verdade, colocam tudo sob suspeição e crivo ideológico. Como continuar relevante e confiável ao abordar os temas que impactam diretamente a vida dos cidadãos, sendo uma fonte de informação confiável e relevante para as futuras gerações de anapolinos, e que que conecte emocionalmente os leitores com a história do jornal e da cidade?
Uma famosa loja de casacos de Londres, faz uma síntese de sua história com uma pitada de criatividade e humor:
“Estamos há 127 anos no mercado e já vimos de tudo. Tivemos períodos de grande sucesso, mal conseguindo atender nossos clientes com os produtos que oferecíamos. Ganhamos muito dinheiro, expandimos a fábrica, fizemos muitas contratações.
Também já passamos por duas guerras mundiais, nossa loja foi incendiada, fomos assaltados duas vezes, passamos pela Grande Depressão. Também já decretamos falência, mas, ainda assim, continuamos no mercado. Você deve estar perguntando por quê? A razão é simples: não queremos perder o próximo capítulo.”
Samuel Vieira é Pastor Presbiteriano Efetivo na Igreja Central de Anápolis
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