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A queda da Bastilha

de Elias Hanna
15 de julho de 2011
em Opinião
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Monsieur Le President Sarkozy,
Estou impressionado com os sustos por que tens passado ultimamente. Não me refiro à gravidez de Mademoiselle Carla Bruni, mas ao atentado que vitimou o irmão do Presidente do Afeganistão quando de sua visita àquele país e aos percalços da economia europeia que fazem com que os franceses acuem, sobremaneira, vosso governo. O motivo desta, porém, é outro.
Acordei hoje me lembrando das aulas de História do Ensino Médio quando estudava a Revolução Francesa por vocês comemorada neste 14 de julho. Não há, por parte daqueles que gostam de Historia, quem não goste da história da Revolução Francesa e, principalmente, da falta que seus princípios de fraternidade, igualdade e liberdade fazem entre nós. Vocês valorizam, por demais, a chamada Queda da Bastilha, símbolo da opressão da época em que Richelieu prendia e torturava aqueles que se opunham ao governo e a Igreja da época. Naquele 14 de julho o povo de Paris invadiu a Bastilha libertando sete prisioneiros e dando inicio à Revolução. Gostaria, no entanto, de valorizar o que adveio da Revolução, qual seja, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que deixa a nós brasileiros um sentimento de remorso, inveja e incompetência por não os termos aplicados aqui, no Brasil, duzentos e fumaça de anos seus princípios.
Muitos atribuem a vosso conterrâneo De Gaulle uma frase célebre: “O Brasil não é um país sério”. Se a frase foi pronunciada por ele, ou não, pouco importa. Mas, desconfio que os franceses tenham este juízo formado a nosso respeito, quando tomam conhecimento das nossas profundas diferenças sociais a despeito de nossas conhecidas riquezas econômicas. Em algumas regiões do País, como, por exemplo, o Entorno de Brasília, vivemos uma verdadeira barbárie. Não conte a ninguém, pois morro de vergonha, mas somente nestes seis primeiros meses do ano naquela região contabiliza-se cerca de 200 assassinatos. Não, com certeza, não estamos em guerra civil; estamos em guerra contra nós mesmos, guerra provocada pela falta de oportunidades, pelas drogas e pelo profundo fosso social existente entre a periferia e o Plano Piloto de Brasília.
Outro exemplo da barbárie em que vivemos, são as nossas Bastilhas onde ricos não são presos e somente pobres são encarcerados. Aliás, se amontoam três, quatro, dez, no espaço de um. Nunca, na história deste país, um corrupto ou rico foi preso. Haverás de perguntar-me quando derrubaremos nossas Bastilhas?
Desconfio que nossos governantes não queiram saber sobre a importância de Rousseau, Montesquieu ou Voltaire. Quando a Revolução Francesa fizer morada nestes trópicos, poderemos entender que os homens nascem e permanecem livres e iguais em seus direitos. Direitos à propriedade; à liberdade; à segurança, à resistência e á opressão. Aqui não nos dividimos em girondinos e jacobinos. Antes, nos dividimos naqueles que têm direitos e nos que, tão somente, têm deveres.
Au revoir.

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