Sempre tive a certeza de que dividir pensamentos, ideias e experiências é algo muito especial e, por que não dizer fundamental, tanto para a realização pessoal quanto como contribuição social. Nesse sentido, publiquei quinze livros, escrevo semanalmente para um jornal do município de Anápolis/GO, envio mensagens eletrônicas mensais aos contatos da Missão Vida e utilizo muitas outras formas de compartilhar o que penso, vivo e sinto.
Minha percepção sobre o efeito de tudo o que tenho transformado em material escrito sempre foi subjetiva. No entanto, há algum tempo tenho recebido mensagens e ouvido relatos de como meus textos e livros repercutiram na vida de algumas pessoas. Recebi um e-mail que me deixou comovido e me levou a compartilhar aqui esse sentimento. Na mensagem, homem, cuja identidade manterei em sigilo, que estava desviado dos caminhos de Deus me contava episódios difíceis de sua vida e comentava sobre o reflexo que eu, indiretamente, tive e ainda tenho nesse processo de superação e volta à vida cristã. Segue um trecho da mensagem:
“Sou cristão de nascimento e criação, porém afastado dos caminhos do Senhor, procurando o perdão e a volta à comunhão com Deus. Tenho lido alguns livros de sua autoria, o que me tem ajudado nesta caminhada de reconciliação com o Pai (…) Sou grato a Deus por conhecer a Missão Vida e gostaria que soubesse e tomasse posse desta benção, que o seu trabalho é capaz de atingir não somente aqueles a quem auxilia diretamente mas também muitos espalhados pelo mundo afora, como eu neste momento, através do bom testemunho que compartilhas com tuas obras; sinto-me abençoado e agraciado também por esta Missão, pois o Senhor a tem usado para tomar meu coração. Escrevo esta mensagem não para orgulho pessoal mas para que esteja ciente da importância de tua vida nas mãos de Deus”.
Como humano que sou, fico feliz em saber que algum bem tenho feito; como cristão e servo, no entanto, fico radiante e agradecido a Deus por me dar a oportunidade de contribuir, mesmo que minimamente, para que outras pessoas se aproximem do Pai. Não me sinto orgulhoso ou vaidadoso; sinto-me, sim, grato àquele que tem me capacitado e incentivado a não desistir.
Geralmente, somos levados a fazer algo esperando o reconhecimento de alguém. Isso nos leva, na maioria das vezes, à decepção e ao desânimo. Precisamos nos condicionar a fazer o bem e a compartilhar experiências independentemente de recebermos demonstrações de gratidão ou afeto. Como diz o ditado popular, “santo de casa não faz milagres” e, como está na Bíblia, via de regra, “o profeta não tem honra em sua própria terra”.
Assim, gostaria de estimular você a experimentar duas atitudes simples: 1 – compartilhe suas experiências, projetos, conquistas e dificuldades – comece com sua família, seus amigos, seus colegas de trabalho, pois, com toda certeza, o que você tem a dizer pode abençoar muitas pessoas; 2 – fale a quem te fez algum bem sobre a importância daquilo na sua vida – se você não contar, pode ser que essa pessoa jamais venha a saber que, de alguma forma, foi bênção na vida de outrem. Aos poucos você vai entender que esses gestos tornam a vida mais frutífera e leve.