Na avalição do Presidente Executivo do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas de Goiás, a tendência é de estabilização, devido a vários fatores
Muito dificilmente a indústria de medicamentos em Anápolis terá um ampliação mais consistente. A avaliação é do Presidente Executivo do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas de Goiás (Sindifargo), Marçal Henrique Soares. Ele aponta diversos fatores para este arrefecimento, o principal deles o efeito que será causado pela Reforma Tributária que terá aplicações práticas a partir de 2026.
Segundo Marçal, sem incentivos para transferir parques industriais do Sudeste ao Centro-Oeste, empresários preferem grandes centros perto do litoral devido ao maior mercado consumidor. No entanto, o presidente do Sindifargo garante que os parques farmacêuticos existentes permanecerão, dependendo de sua expertise e adaptação às novas condições. “É inimaginável que uma empresa de grande porte seja removida de uma região para outra”, afirma Marçal Henrique.
Outro fator apontado pelo executivo para a diminuição da intensidade nos setor industrial farmacêutico está no elemento humano. Ele diz que o segmento sofre muito com a falta de mão de obra qualificada e com a evasão de trabalhadores. “É um problema nacional. As indústrias dos grandes centros como São Paulo, passaram a recrutar colaboradores aqui em Goiás”, justificou.
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Ele cita, ainda, a rotatividade que atrapalha a indústria farmacêutica. “Esta rotatividade chega a 30 por cento, o que significa que, em pouco tempo, teoricamente, todo o contingente de uma fábrica é trocado. Além disso, enfrentamos uma verdadeira indústria de atestados médicos. Tem trabalhador que adoece e fica cinco, seis meses por conta do plano de saúde da empresa, ou, do Auxílio Doença”, diz o Presidente do Sindifargo.
Segmento fortalecido
Para Marçal Henrique Soares, todavia, o parque industrial farmacêutico de Anápolis é bem situado e não corre riscos. “De cada dez dos medicamentos mais vendidos no Brasil, seis são fabricados no DAIA”, disse Marçal. São marcas famosas que muita gente nem sabe a origem, mas os milhões de medicamentos saem de Anápolis para o mercado nacional. Só um laboratório fabrica cinco desses medicamentos.
O Presidente Executivo do Sindicato da Indústrias Farmacêutica alega que a tendência é de um agravamento da falta de mão de obra, embora existam muitos projetos para a preparação de trabalhadores. Mas, a oferta, ainda, é insuficiente. A saída, para Marçal Henrique Soares é a automação, ou seja, a introdução cada vez mais acentuada de máquina (robôs, inclusive) para substituir a ação humana. Entretanto, tal inovação, hoje, é proibitiva para grande parte das empresas. Poucas dela teriam capacidade para a automação de seus projetos.
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