Metodologia do estudo
A pesquisa, divulgada na quarta-feira, 4 de setembro, envolveu cinco cães — Max, Rico, Squall, Whisky e Gaia — e 12 brinquedos com os quais os pets interagiram durante uma semana. Os pesquisadores usaram esses cães para investigar a retenção de rótulos, uma habilidade considerada rara em espécies não linguísticas.
Os testes começaram em dezembro de 2020. Os cães foram apresentados aos 12 brinquedos e seus respectivos nomes. Após uma semana, guardaram os brinquedos por dois anos. Em 2023, os tutores reintroduziram os brinquedos aos pets.
Para evitar que a presença dos brinquedos causasse excitação excessiva, os donos deixaram os brinquedos no chão por uma hora antes dos testes, sem interagir com os cães durante esse período.
Desenvolvimento dos testes
Antes da fase de testes, os animais tiveram acesso aos brinquedos antigos por 30 minutos. Em seguida, colocaram seis dos brinquedos antigos em uma sala com seis novos brinquedos desconhecidos. Os cães então receberam a tarefa de recuperar os brinquedos antigos usando os nomes aprendidos em 2020.
Resultados e implicações
Os resultados mostraram que os cinco cães acertaram 44% das vezes ao recuperar o brinquedo correto, superando a taxa de chance média de 20,4%. Apesar dessa descoberta significativa, os pesquisadores alertam que esses resultados não se aplicam a todos os cães ou a outros aspectos cognitivos, pois a maioria dos cães domésticos não apresenta evidências claras de aprendizagem de rótulos.