No mês de julho, uma campanha mundial toma conta do cenário da saúde ocular: o Julho Turquesa. No Brasil, a campanha acontece no mês de julho, escolhido por ser o período mais seco do ano.
O olho seco é uma doença que está relacionada à diminuição ou alteração da produção da qualidade da lágrima. A lágrima desempenha um papel crucial na manutenção da transparência da córnea, que é a lente localizada na frente do olho.
Ela nutre as células da superfície da córnea, protege contra infecções e regula a visão. Quando há deficiência ou alterações na lágrima, os pacientes começam a apresentar sintomas como sensação de areia ou secura nos olhos, dificuldade em enfrentar luz intensa e irritação ocular.
Com o tempo, esses sintomas podem se agravar e interferir na qualidade de vida das pessoas.
No Brasil, o olho seco afeta cerca de 14% da população em geral, chegando a atingir 24% na cidade de São Paulo. Além disso, pesquisas realizadas pelas universidades de Campinas (Unicamp) e pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelaram que entre 24% e 25% da população jovem dessas instituições também é afetada pela doença.
Causas e Riscos
Fatores de risco têm sido identificados como influenciadores no desenvolvimento do olho seco. Entre eles, estão o número de horas de sono, o uso de contraceptivos orais e o tempo excessivo gasto em frente às telas de computadores e celulares.
Esses últimos se tornaram fatores especialmente relevantes nos dias atuais, já que o mundo digital se tornou uma parte integral da vida cotidiana de muitas pessoas.
Além disso, outros elementos como fumaça, ar-condicionado e certos medicamentos, como antialérgicos e antidepressivos, também podem contribuir para o desenvolvimento do olho seco. Em casos mais graves, algumas doenças como artrite reumatoide e síndrome de Sjögren podem levar à condição crônica de olho seco, podendo até mesmo causar perda visual.
Prevenção
Diante dessas preocupações crescentes, o Julho Turquesa se torna uma importante oportunidade para alertar as pessoas sobre a importância de procurar um oftalmologista aos primeiros sinais de olho seco.
O diagnóstico precoce é fundamental para diferenciar o tipo de olho seco e determinar o tratamento apropriado. A automedicação é desencorajada, pois o uso inadequado de colírios pode agravar a condição.
Além disso, algumas práticas simples podem ser adotadas para reduzir os sintomas do olho seco, como piscar várias vezes enquanto se trabalha em frente a um computador, ajustar a altura da tela abaixo da linha do olhar, utilizar um umidificador de ar em ambientes com ar-condicionado intenso e fazer pausas regulares para pingar lubrificantes nos olhos. (Vander Lúcio Barbosa com informações da Agência Brasil)