A Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) anunciou, nesta segunda-feira (3), a suspensão temporária das importações de carne bovina de três frigoríficos brasileiros.
A decisão foi tomada devido a “não conformidades” com os requisitos chineses para o registro de estabelecimentos estrangeiros. Entre as unidades afetadas, encontra-se a planta da JBS em Mozarlândia, Goiás, além da Frisa, em Nanuque (MG), e da Bon-Marte, em Presidente Prudente (SP).
A medida entrou em vigor imediatamente, mas outros frigoríficos brasileiros continuam exportando normalmente, incluindo unidades das mesmas empresas. O governo chinês não especificou os motivos exatos para a suspensão. Contudo, ressaltou que a decisão está relacionada ao cumprimento de normas sanitárias e de registro.
Medidas corretivas
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) confirmou que as empresas envolvidas receberam notificações e já estão adotando medidas corretivas para atender às exigências da autoridade sanitária chinesa. Além das unidades brasileiras, a China também suspendeu as importações de dois estabelecimentos na Argentina, um no Uruguai e outro na Mongólia, sendo este último para carnes bovina e ovina.
Apesar da suspensão, a Abiec destacou que ela atinge apenas as unidades mencionadas, sem comprometer o restante do setor exportador de carne bovina do Brasil. As demais plantas frigoríficas habilitadas seguem operando normalmente e mantêm o fluxo de exportações para o mercado chinês. A associação também afirmou que continua em diálogo com o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil e com as autoridades chinesas, visando solucionar a questão com rapidez.
Em nota, a Abiec reafirmou a confiança na robustez do controle sanitário nacional, conduzido pelo Ministério da Agricultura. O Brasil segue trabalhando ativamente para solucionar os questionamentos apresentados, garantindo a segurança e qualidade da carne bovina exportada.
Até o momento, o Ministério da Agricultura brasileiro não se manifestou oficialmente sobre a decisão da China. No entanto, fontes indicam que as empresas afetadas estão colaborando com as investigações e realizando os ajustes necessários para atender às exigências sanitárias chinesas.
Junte-se aos grupos de WhatsApp do Portal CONTEXTO e fique por dentro das principais notícias de Anápolis e região. Clique aqui.