Cidade enfrenta o desafio de revitalizar seu centro, transformando caos urbano em um espaço vibrante, integrado, e atraente durante o dia e à noite.
Por Vander Lúcio Barbosa
Anápolis, uma cidade estratégica no coração do Brasil, enfrenta uma realidade urbana marcada por um dinamismo aparente apenas em certas horas do dia. A região central, conhecida como “quadrilátero econômico”, exemplifica esta dualidade. Durante o dia, especialmente no horário comercial, essa área pulsante desafia a infraestrutura disponível, gerando um caldeirão de atividades que não encontra suporte adequado, especialmente em questões de mobilidade e estacionamento.
Um passeio por este quadrilátero, englobando as ruas Desembargador Jaime, Ruy Barbosa, Quintino Bocaiúva e a Avenida Getulino Artiaga/Rua Eugênio Jardim, revela o caos diário enfrentado por comerciantes e consumidores. A cidade que não foi devidamente planejada exibe, ao longo dos dias úteis, ruas superlotadas e contravenções de trânsito causadas principalmente pela escassez de vagas para estacionar. O fluxo intenso de pessoas eleva consideravelmente o volume de dinheiro circulando, mas este mesmo movimento gera frustrações e prejuízos pela aglomeração desordenada e pela falta de um planejamento urbano resiliente.


À noite na Rua Barão do Rio Branco, quase um “deserto”; de dia, movimento com o comércio tradicional – Fotos: Vander Lúcio Barbosa
Noite e fim de semana
Tão contrastante quanto o cenário diurno é a quietude que se instala no período noturno e aos finais de semana após o meio-dia de sábado. As lojas baixam suas portas às seis da tarde, e a movimentação se extingue. Isso leva moradores a procurarem outros bairros, notavelmente o Jundiaí, para encontrarem opções de alimentação e entretenimento. A ausência de vida noturna ou comercial transforma a área central em um deserto urbano, uma realidade agravada por administrações que até o momento não conseguiram efetuar soluções de longo prazo.
Promessas futuras
Diante desse panorama, a administração liderada pelo prefeito Márcio Corrêa apresentou luz em um plano promissor para a revitalização do centro de Anápolis. Através de um edital de concurso público para premiar a proposta de revitalização mais inovadora, a prefeitura busca transformar a área. Corrêa focou em integrar opções de entretenimento, gastronomia e cultura, estimulando a economia local. Destaca-se, ainda, a inclusão abrangente nesse processo colaborativo, envolvendo desde comerciantes até universitários e conselheiros.
O escopo para revitalização não olha apenas para o dia, mas propõe que a cidade readquira vida à noite, tornando-se novamente agradável para se viver e frequentar. Entre as ideias almejadas estão a criação de mais vagas para estacionamento, a implantação de um sistema de sinalização moderno, além de espaços dedicados ao mercado informal. Há a expectativa de retorno a um percurso urbano mais acolhedor e vivo, capaz de nutrir as necessidades dos moradores e atrair visitantes.
Para onde caminha Anápolis
A resposta social à iniciativa de Corrêa, especialmente nas redes sociais, é bastante positiva, demonstrando que a população vê com bons olhos esforços para resgatar e valorizar o centro histórico, enquanto também objetiva fortalecer o comércio e dinamizar o turismo.
Superar os desafios urbanos requer um olhar dinâmico e pragmático, e a proposta de revitalização oferece a Anápolis uma oportunidade de reimaginar o que o espaço central pode oferecer em termos de convivência e economia. Com um planejamento sólido, Anápolis não apenas adaptará sua infraestrutura às necessidades diurnas, mas alimentará, também, as potencialidades latentes do seu período noturno e aos finais de semana, compondo a sua singular identidade como uma cidade de pleno movimento e atrações diversas.
O futuro de Anápolis, portanto, depende dessa habilidade de execução e da compreensão de como as suas características urbanas podem ser simultaneamente seu maior desafio e sua maior oportunidade.
“Anápolis não será mais hostil ao capital”, frisou o prefeito, assinalando que a intenção maior é facilitar a vida de quem quer empreender na cidade.
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Anápolis nunca foi hostil ao capital empreendedor, é até burrice pensar uma coisa dessas, qq centro urbano almeja recursos para seu desenvolvimento. Só que Anápolis cresceu ae os burgueses do centro e Jundiaí não perceberam isso, hj a cidade é dinâmica, o comerciomigrou para os bairros com novos investidores, e a burguesia ficou a margem desse crescimento, e não são auto sustentáveis pois dependem do povo da periferia para consumir seus produtos, o que hj já não mais prevalece. Moro na Jaiara e não preciso de nada do centro da cidade,muito menos dos olhares empinados de uma burguesia ultrapassada e antipática. Vão ter que gastar muito suor para tentar recuperar um local que já não tem mais serventia para a maioria da população Anapolina.
Já estamos desesperados no que tange a “Evolução de Anápolis em diversos setores.. Haja vista que somos enxovalhados de propagandas e promessas políticas e nada de realidade. Entra ano e saí ano o que nos salvam são as nossas indústrias já instaladas. Parece que o processo retrógrado é cada vez mais acentuado. Esperamos com ansiedade sinal positivo de nossas autoridades a fim de reverter essa situação caótica que atravessa nosso município.
A moda cidade cresce pela sua pujança, pelo seu povo, trabalhador pelo seu comércio forte e pelas suas indústrias que já estão instaladas porque este
Governador que está aí filho de Anápolis não honra a cidade que nasceu já entrou em seu segundo mandato sem fazer nada para Nosa população sofrida e desejada de dias melhores.