Na batalha por justiça e bem-estar animal, a história de Tokinho, um corajoso cão de quatro anos, emerge como um símbolo de resistência. A Justiça do Paraná reconheceu o canino como autor de uma ação movida contra seu ex-tutor, exigindo uma indenização de R$ 5.820 por maus-tratos.
A narrativa, desdobrada na Comarca de Ponta Grossa, traz à tona um caso de agressão brutal perpetrado pelo proprietário, resultando na sua detenção em junho deste ano, após denúncias à Guarda Municipal e à Polícia Civil.
A Crueldade e o Perverso
O réu, um homem de 25 anos, foi flagrado pelas lentes incisivas de uma câmera de monitoramento, desferindo pauladas contra o inocente Tokinho. As chocantes imagens desencadearam um clamor por justiça e mobilizaram as autoridades locais.
Com quatro anos de vida, Tokinho não apenas enfrentou a brutalidade do seu ex-tutor, mas também ficou com sequelas, manifestadas em dificuldades de locomoção.
Em meio à adversidade, o cão encontrou refúgio e apoio na ONG Grupo Fauna de Proteção aos Animais, que se dedicou a seu cuidado e recuperação.
A Decisão da Juíza
A juíza Poliana Maria Cremasco Fagundes Cunha, sensibilizada pela situação do animal, aceitou Tokinho como parte legal do processo. Agora, o cão, antes vítima silenciosa, é oficialmente reconhecido como “polo ativo da demanda” no Tribunal de Justiça do Paraná, marcando um avanço significativo na defesa dos direitos dos animais.
Essa saga de superação não apenas destaca a importância de proteger os animais indefesos, mas também ressalta a crescente conscientização sobre a necessidade de punir aqueles que infligem sofrimento a seres tão vulneráveis.