Grupo era constiuído por sete pessoas. Desses, dois eram de Anápolis e os outros de municípios distintos de Goiás. Com eles, armas, drogas e um veículo roubado foram apreendidos
Criminosos que foram mortos em um confronto com a Polícia Militar do Estado de Goiás, nesta quarta-feira, 28/04, tentavam criar uma base da facção goiana Amigos do Estado (ADE) em uma chácara situada na região de Surubi, em Luziânia. Dois, dos sete suspeitos, eram moradores de Anápolis.
O grupo teria se reunido e, em posse de armas de fogo, planejado se instalar em uma chácara onde o sinal de aparelho celular não funciona e é distante de qualquer fazenda ou residência da região.
Segundo as investigações, não tinha muito tempo que os suspeitos haviam se mudado para esse local. Sem levar nenhum celular, eles chegaram apenas com malas pequenas e alguns pertences básicos, como roupas e produtos de higiene. Na casa, não havia móveis, apenas um vaso sanitário e um guarda-roupas antigos. Um fogão improvisado foi colocado na área externa, ainda com uma panela de arroz pré-cozido.
Em coletiva de imprensa, realizada nesta quinta-feira, 29/04, o responsável pela operação, tenente Lucas Aguiar, afirmou que existia a possibilidade de ser instalado um depósito de armas no local. “Pela distância e pela quantidade de armamento que apreendemos, é de se suspeitar. Seria uma espécie de reunião. Você não vê sete criminosos perigosos se reunindo em casas no centro da cidade”, analisou.
Confronto
Uma denúncia anônima levou os policiais até o endereço. O informante contou com detalhes o local da instalação do grupo e afirmou que os mesmos estavam armados. Uma equipe de oito policiais participaram da operação. Segundo o tenente, que esteve no confronto, a equipe foi recebida a tiros. Um soldado ficou ferido na coxa, após ser baleado.
“Quando chegamos à pé, eles ouviram o barulho no mato e, ao avistarem a equipe, começaram a disparar. Foi tudo muito rápido e intenso. Eu, em sete anos como policial, nunca vi algo dessa forma”, relatou o tenente.
A polícia apreendeu oito armas, sendo uma pistola equipada com o kit rajada — o que permite que o armamento consiga disparar grande número de tiros em um pequeno espaço de tempo — uma pistola .380, cinco calibre .38, e uma arma longa, que estava dentro do porta-malas de um dos carros, um Sandero preto, roubado em Anápolis. Segundo as informações, dois, dos sete criminosos, eram de Anápolis.