A exemplo de outros grandes centros, cidade de Anápolis enfrenta uma crise no transporte público com greve iminente e tarifas em discussão.
O sistema de transporte coletivo de Anápolis enfrenta desafios significativos, com motoristas apresentando reivindicações que consideram importantes. De acordo com Adair Rodrigues, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Anápolis (Sittra), os trabalhadores exigem um reajuste salarial de 10%, que estava acordado desde junho de 2023, mas ainda não foi implementado.
Além disso, buscam um aumento de 20% no vale-alimentação e o direito a cinco dias de abono de férias. A eliminação do cargo de cobrador acentuou a carga sobre os motoristas, que agora acumulam várias funções, aumentando a pressão por um salário mais justo.
Uma greve dos motoristas do Sistema de Transporte Público de Passageiros de Anápolis, gerido pela concessionária Urban, está marcada para o dia 25 de novembro caso as demandas não sejam atendidas.
No entanto, Adair Rodrigues expressa esperança de solução pacífica, mas indica que, sem uma ação firme, as reivindicações continuarão ignoradas. “Se o transporte parar, a cidade também para”, afirma, sublinhando o potencial impacto da greve em Anápolis. O sindicato busca, segundo o seu presidente, “apoio da população e outras entidades sindicais para fortalecer sua posição, noticiando sua intenção a todas as autoridades pertinentes”.

Nota da URBAN
Procurado pela reportagem do CONTEXTO, Carlos Leão, procurador da Urban, mencionou em nota que “a lei determina que qualquer reajuste salarial a ser concedido à categoria dependerá de prévia e expressa anuência do Município”. Ele ressaltou que, apesar de a URBAN já ter notificado a Prefeitura por mais de dez vezes, “nenhuma providência foi tomada”.

Leão também destacou que, no início do ano, houve a promessa da Prefeitura de implantar o vale-transporte social, mas “não houve o repasse de nenhum recurso a esse título ao Sistema de Transporte Público de Anápolis (STPA)”. O procurador afirmou que o Sistema de Transporte Público de Anápolis está desequilibrado e que “é necessária a adoção de providências por parte da Administração Pública para recompor o equilíbrio do contrato”.
A nota conclui que “qualquer investimento no STPA depende da autorização do Poder Público, uma vez que afeta a estrutura de custos do contrato”. (Por Vander Lúcio Barbosa – @vanderlucio.jornalista)
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