Uma das maiores dúvidas das pessoas ao decidir comprar seu veículo zero quilômetro é sobre a depreciação, ou, o quanto em percentual e também em valor, que essa aquisição poderá perder anualmente, se comparado a um veículo novo.
Esse cálculo não é muito simples em um País como o Brasil. Aqui, temos alterações de valores nos veículos novos que realmente tornam o cálculo um pouco mais complexo, e que passa até mesmo pela quantidade de veículos daquele modelo, que a marca está querendo vender. Porque se for um veículo que agradam as grandes locadoras, haverá após 18 meses de usado, uma redução de valores mais substancial. A redução vem da quantidade de veículos daquela marca e modelo, que irão inundar as revendas de carros seminovos, incluindo aí, as das lojas dos próprios frotistas.
Para termos uma pequena demonstração do que estamos falando, vamos aos números. O Brasil produziu no ano de 2023, pouco mais de 2.1milhões de veículos zero quilometro. Se pegarmos a demanda necessária de substituição dos veículos de frotistas, que equivale a mais de 800 mil em um ano, percebemos que para o mercado de pessoas físicas, sobraria pouco mais de 1.3 milhões de veículos. Isso é pouco. A demanda é bem maior que essa, anualmente.
Podemos então pensar: então teríamos assim um mercado de usados que depreciaria pouco. Afinal, temos muito mais demanda que oferta de veículos novos. Sim e não, afinal, nenhum frotista irá aguardar boas vendas em todos os veículos de sua frota. Alguns serão queimados a fim de que a substituição seja menos onerosa.
Porém outros fatores também influenciam na depreciação. Vejamos o caso do Renault Kwid E-Tech. Em meados de 2023 esse veículo custava R$149.800,00. Ele estava sendo oferecido por praticamente o mesmo valor que BYD Dolphin, o ORA 03 da GWM, o JAC 1 da JAC Motors e do ICar da Chery. Todos elétricos e disputando o mesmo mercado. Claro que, cada um com sua característica, mas, todos dentro do mesmo segmento.
Pois bem, hoje, fevereiro de 2024, esse mesmo Renault Kwid e-Tech é oferecido pela montadora a menos de 100.000,00. Ou seja, um terço (1/3) do valor em descontos, ou redução. Se colocarmos que o veículo novo depreciaria aproximadamente 20% no primeiro ano, o cliente que adquirisse um veículo desse, vai levar um imenso prejuízo, se considerarmos que pagou 149.800,00.
E não foi só a Renault que abaixou os valores de seus veículos elétricos de entrada. TODOS, os veículos que citamos acima, tiveram redução de valores, uns mais outro menos, mas tiveram.
Claro, ainda existem carros que depreciam bem menos, mas, talvez não seja uma boa opção de compra para você por não atender sua necessidade.
Pesquisa, atenção, conversas com especialista, tudo ajuda, e muito, na hora de escolher um veículo. Não deixe que somente a emoção seja o guia de sua escolha, observe também a razão. Afinal, se você perder menos, e o veículo ainda for exatamente o que você buscava em termos de utilização. Muito melhor, não acha?
Inicialmente é necessário esclarecer que o teletrabalho se refere aos serviços prestados de forma preponderante, fora das dependências do empregador,...