Anápolis caminha para completar 118 anos de emancipação. A sua formação, porém, vem bem antes de 1907, quando efetivamente se tornou cidade. Os primeiros registros do povoamento são de 1870.
De lá para cá, a cidade cresceu. E cresceu muito, estando hoje com mais de 415 mil habitantes. Já não se conta mais nos dedos das mãos o número de prédios de apartamentos, nem os condomínios fechados e, muito menos, o quantitativo de bairros, que já beira a casa dos 300. A frota de veículos (somente os emplacados no município), passa de 320 mil.
Porém, a cidade não nasceu planejada. Isso, claro, trouxe consequências, sobretudo, nas questões que estão relacionadas à mobilidade urbana, que abarca não apenas o trânsito, mas tudo que se refere ao deslocamento de pessoas dentro do espaço urbano.
Ou seja, os carros, o transporte coletivo, os estacionamentos, os espaços para os pedestres, para os ciclistas.
Vimos agora, recentemente, uma paralisação no transporte público da cidade. Para além da questão entre as relações trabalhistas, o transporte de passageiros de massa necessita de um olhar mais especial, pois o contexto de deslocamento das pessoas mudou. Fora isso, ao longo dos anos foram criadas políticas de subsídios que necessitam de uma revisão.
A mobilidade urbana, portanto, é uma pauta urgente e necessária, que precisa de uma discussão ampla envolvendo toda a sociedade. A cidade não nasceu planejada, mas podemos fazer um planejamento, dentro das possibilidades existentes, para mitigar os problemas, que não são de “A” ou “B”, são problemas da cidade, nossos problemas.
A Câmara Municipal, que é o órgão de representação política da coletividade, tem uma grande responsabilidade em se colocar à frente desse debate, que não é um debate político-ideológico, é um debate de construção do desenvolvimento e do futuro que a cidade merece para as próximas décadas.
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