Obviamente, esta percepção é baseada em estereótipos e generalizações e é importante lembrar que nem todos os integrantes de uma geração são iguais. Certamente, um grande número de fatores contribuem para este veredito negativo. Entre eles estão as mídias sociais, que permitem às pessoas compartilharem seus pensamentos e opiniões com uma grande audiência.
Outro fator é a maior exposição à violência e à sexualidade, o que pode levar muitos a se engajarem em comportamentos questionáveis. É claro que não há comprovação científica demonstrando que esta geração seja mais superficial que a anterior. É típico de uma geração críticar a próxima e se considerar superior.
De forma paradoxal, alguns consideram a geração atual menos vulgar que a geração mais velha, que era firmada em princípios moralistas e legalistas, que execrava as pessoas que pensavam e agiam de forma diferente das normas cultural e social estabelecidas.
O termo “vulgar” é subjetivo. O que uns consideram vulgar pode não ser para outros, como comportamentos (acordar cedo ou acordar tarde), hábitos alimentares (jiló ou caviar), estilo de vida (minimalista ou perdulário), gosto musical (clássico, sertanejo ou hip-hop) e roupas preferidas (casual ou social).
Por essas razões, vulgaridade nem sempre é algo ruim e o termo pode até mesmo ser usado por humoristas para fazer o contraponto de um princípio tido como verdadeiro e se transforma em uma forma de rebelião contra autoridade e normas.
Se você é daqueles que consideram a atual geração vulgar, é fundamental aprender a ser respeitoso e polido em seu próprio comportamento. Jesus criticou os líderes de seus dias: “Por que você vê o cisco no olho do seu irmão, mas não repara na trave que está no seu próprio olho? Como você poderá dizer a seu irmão: “Deixe, irmão, que eu tire o cisco que está no seu olho”, se você não repara na trave que está no seu próprio olho? Hipócrita” (Lc 6.41-42)!
Fazer parte de organizações que promovem valores positivos e responsabilidade social é uma forma madura de valorizar o bem. Você não consegue mudar o outro, mas pode promover aquilo que é bom e praricar atitudes de cuidado e respeito.
A mudança de padrões e normas sociais pode ter mudado. O que era considerado polido e respeitoso no passado, pode não ser mais relevante. Isso provoca conflitos e distensões entre as gerações. Decida ser respeitoso, torne-se exemplo de bom senso e prudência para outros. Tente entender os motivos para abrir canais de comunicação e se esforce para construir pontes, não muros. Foque em valores positivos e construa estradas pavimentadas. É fundamental construir portas de diálogos, ao invés de
perpetuar estereótipos e preconceitos.