Levantamento feito pelo IBGE, no ano passado, registrou que cerca de 8,4% da população brasileira (quase 18 milhões de pessoas), declararam possuir algum tipo de deficiência.
O mesmo levantamento detalhou que 3,4% dos brasileiros possuem deficiência visual, o que corresponde a mais de 7,2 milhões de pessoas.
Esse dado é ilustrativo para a data de hoje, que marca a passagem do Dia Mundial do Braile, dedicado à reflexão sobre a importância do desenvolvimento de mecanismos que favoreçam o acesso de pessoas cegas ou com baixa visão à escrita e à leitura.
Um desses sistemas é o Braile, que foi criado há cerca de 200 anos na França. A celebração remete ao nascimento de Louis Braile, que foi o criador do sistema de escrita que, hoje, é usada por milhares de pessoas cegas e com deficiência visual em todo o mundo.
APAE Anápolis fecha o ano celebrando conquistas e reconhecimento
Louis Braille ficou cego aos 3 anos de idade e, aos 20 anos, conseguiu formar um sistema com diferentes combinações de 1 a 6 pontos em relevo, que se alastrou pelo mundo e hoje é usado como forma oficial de escrita e de leitura das pessoas cegas.
O Braille é composto por 63 sinais, gravados em relevo. Esses sinais são combinados em duas filas verticais com 3 pontos cada uma. A leitura se faz da esquerda para a direita.
O sistema braile chegou ao Brasil em 1850. A partir da década de 1940, passou a ser usado em livros.
Portanto, é uma ferramenta importante para o aprendizado e o acesso à cultura por meio da leitura. Mas, também, há outros usos. Por exemplo, restaurantes usam o sistema de leitura nos cardápios.
Além disso, o braile é utilizado ou pode ser utilizado também nos elevadores dos prédios; em corrimão de escadarias; em placas nas portas de banheiros, repartições públicas, dentre outras; em interruptores de energia elétrica.
Enfim, são várias as situações que ajudam muito as pessoas cegas ou com baixa visão.