Ao contrário do que muita gente pensa, e, parte da mídia desconheça, lavar as mãos para evitar contaminação pelo novo coronavírus, não é uma descoberta atual. Ignaz Philipp Semmelweis, que nasceu em 1º de julho de 1818 na Áustria e morreu em 13 de agosto de 1865, foi um médico húngaro de ascendentes alemães, ficou conhecido como um pioneiro dos procedimentos antissépticos. Ele descobriu que a incidência de infecção pós-parto poderia ser drasticamente reduzida pelo uso da desinfecção das mãos em clínicas obstétricas. Esta infecção era comum nos hospitais na metade do século XIX e, frequentemente, fatal.
Semmelweis propôs a prática de lavar as mãos com hipoclorito de cálcio em 1847 quando trabalhava no Hospital Geral de Viena, onde as enfermarias dos médicos tinham o triplo da mortalidade das enfermarias da obstetrícia. Apesar de várias publicações de resultados em que a lavagem das mãos reduziu a mortalidade para menos de 1%, as observações daquele profissional conflitavam com as opiniões científicas e médicas estabelecidas da época e suas ideias foram rejeitadas pela comunidade científica. Alguns médicos ficaram ofendidos com a sugestão de que deveriam lavar as mãos e zombaram dele por isso, classificando-o como louco e, até, chegaram a interná-lo em uma clínica de repouso.
Pai cria seis filhos sozinho após perder mulher para Covid-19
A prática de Semmelweis ganhou ampla aceitação somente anos após sua morte, quando Louis Pasteur confirmou a teoria do germe, e Joseph Lister, atuando nas pesquisas do microbiologista francês, praticou e operou com métodos higiênicos, com grande sucesso. Portanto, lavar as mãos habitualmente, faz bem à saúde desde o século 19.