Secretário de Saúde alerta sobre riscos da doença e reforça importância da imunização contra a gripe
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) não é apenas uma gripe comum e precisa ser tratada com seriedade. O alerta foi feito pelo secretário de Saúde de Goiás, Rasivel dos Santos Reis Júnior, em entrevista nesta segunda-feira (30), data em que o estado decretou situação de emergência sanitária devido ao avanço da doença e à baixa cobertura vacinal contra a gripe.

Segundo Rasivel, a disseminação de fake news é uma das principais causas da resistência da população à vacinação. “Quem se vacina se protege e protege os demais. É essa importância coletiva que damos para a vacina”, destacou. Ele lembrou que os grupos mais vulneráveis — crianças pequenas e idosos — continuam sendo os que mais ocupam os leitos de UTI, geralmente com sintomas que evoluem rapidamente e exigem suporte ventilatório.
Baixa cobertura
A cobertura vacinal em Goiás está abaixo do ideal: apenas 39% da população prioritária se imunizou. Entre gestantes e crianças, o índice não chega a 35%. Para combater esse cenário, a Secretaria de Saúde intensificou as campanhas informativas e ampliou o público-alvo da vacinação desde maio. Ainda assim, 700 mil doses da vacina contra influenza seguem sem uso, mesmo com a doença em alta.
Emergência e custos
O estado criou ou converteu 163 leitos de terapia intensiva para atender a demanda por SRAG. “De janeiro a junho, tivemos aumento de 57% nos casos e de 33% nas internações”, afirmou Rasivel. A diária de UTI, que antes era de R$ 600, passou para R$ 2 mil com o decreto, em uma tentativa de incentivar os hospitais a disponibilizarem vagas. Apesar do investimento anual de R$ 3 bilhões em saúde, o secretário ressalta que muitos desses custos poderiam ser evitados com maior adesão à vacinação.
Gripe é coisa séria
A SRAG, segundo o secretário, não pode ser subestimada. Crianças podem apresentar cianose (pele arroxeada), enquanto idosos frequentemente evoluem para pneumonia, insuficiência cardíaca ou renal. “Pode sobreviver à virose, mas descompensa outras doenças e evolui para óbito. As pessoas não fazem essa associação”, explicou. Rasivel finaliza pedindo responsabilidade coletiva: “Não espere a próxima semana. Vacine-se agora.”
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