Mais de 70 agentes são estimados na caçada pelo caseiro, que está foragido desde domingo (28)
As buscas por Wanderson Mota Protácio seguem em meio ao interior goiano, chegando ao 5º dia nesta sexta (02). Apesar dos poucos detalhes dados à imprensa, muito pelo sucesso da missão, a caça continua entre os municípios de Abadiânia e Alexânia, em uma região de mata. O caseiro é procurado desde domingo, dia 28, quando cometeu três homicídios: matou a mulher grávida, a enteada e um fazendeiro, em Corumbá.
Na última terça, dia 1º, uma troca de tiros deu novas pistas para a Polícia. Um fazendeiro da região afirma ter sido alvo de dois disparos, em meio a madrugada. Ele revidou os tiros, mas não conseguiu identificar a pessoa responsável, nem soube dizer se acertou os disparos efetuados em defesa. Matérias coletados no local foram para a perícia.
Déjà vu
A situação envolvendo Wanderson Mota traz, sem dúvidas, recordações de meses atrás. Na época, era Lázaro Barbosa quem fugia dos policiais, embrenhado em meio as matas próximas a Cocalzinho de Goiás. Foram 20 dias de procura pelo criminoso, que mobilizou mais de 200 agentes em sua procura.
De acordo com apuração da Record TV, Wanderson nutria admiração pelo criminoso morto no em 28 de junho deste ano. Alguns vizinhos do mesmo confirmaram que o caseiro tinha Lázaro como alguém “esperto e inteligente”, por ter dado “tanto trabalho” para a polícia.
Admiração a parte, o atual foragido chegou a mobilizar mais de 50 agentes no início de suas buscas. Dias depois, os novos números não foram confirmados, mas estima-se que sejam mais de 70 homens nas buscas. Sabe-se que as equipes contam com cães farejadores e um helicóptero os auxiliando.
“Recebi um livramento”
Ao g1, um taxista diz que transportou o caseiro após os crimes. Optando por não se identificar, o homem relata que só viu a foto do procurado pela polícia depois de terminar a viagem, que foi de Alexânia até Abadiânia. “Quando eu vi [a foto], reconheci que era ele. Eu estou assustado até agora, recebi um livramento”, disse.
Aluna que teve o corpo queimado está em estado grave e respirando por aparelhos
O motorista conta que estranhou a pressa do passageiro em viajar e também algumas contradições, mas que seguiu com a viagem. “Tinha três ou quatro viaturas estacionadas lá. Ai ele comentou comigo, foi o único comentário que ele fez durante a viagem. Falou assim: ‘Uai, tem muita polícia na rua, né?’. Eu falei: ‘Não, o pessoal sempre fica aí tomando um cafezinho’”, completou.
Os crimes
Segundo as investigações, no dia 28, Wanderson Mota matou a sua esposa, Raniele Aranha, que estava grávida, a enteada Geysa Aranha, e o fazendeiro Roberto Clemente. Ele ainda tentou estuprar e baleou a esposa do proprietário rural. Segundo a Polícia Civil, primeiro, o jovem matou a mulher dele e a enteada a facadas.
Em seguida, o caseiro teria ido pedir ao patrão ajuda para a esposa grávida, dizendo que ela estava passando mal. O patrão saiu e foi até a casa ajudar Raniele. Nesse intervalo, de acordo com a polícia, o caseiro entrou na residência do patrão e furtou um revólver calibre 38, usado para matar Roberto.
A polícia informou que Wanderson ainda tentou estuprar a esposa do fazendeiro, mas não conseguiu. Ele, então, a baleou no ombro, pegou uma caminhonete do fazendeiro e fugiu. O carro foi encontrado abandonado na GO-225, ainda em Corumbá de Goiás. O suspeito, então, foi até Alexânia, onde tem parentes. No dia 29, pegou um táxi na cidade até Abadiânia.