O Governo Federal gasta, anualmente, R$ 8,3 bilhões com 69.068 funcionários da ativa que ocupam mais de mil cargos extintos, ou, em extinção, no serviço público federal. Eles representam 12% do total de empregados públicos e entre as profissões, estão: datilógrafos; linotipistas (operadores de antigas máquinas gráficas que não existem mais); ascensoristas; açougueiros; chaveiros; operadores de caldeira; padeiros; pedreiros; editores de videoteipe; vigias; contínuos; barbeiros; contrarregras; vidraceiros, ascensoristas e lavadeiros. Os salários passam de R$ 6.500.
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Por decisão de diferentes governos desde Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), essas ocupações foram sendo extintas do quadro de pessoal da administração pública, e é proibida a realização de concurso para a reposição dessas vagas. Segundo técnicos da equipe econômica, o Governo quer reduzir o número de cargos de carreiras e flexibilizar as regras para remanejar os servidores entre os órgãos públicos.
O Ministério da Economia, entretanto, não esclareceu se todos esses servidores, ainda, exercem as funções para as quais foram contratados, se já foram remanejados para outras áreas, ou, se estão em desvio de função (emprestados para outras atividades). O salário médio desses servidores, também, chama a atenção, segundo dados do Ministério da Economia. São os seguintes: Datilografo: R$ 6.566,18; Ascensorista: R$ 4.928,09; Motorista: R$ 6.566,18; Açougueiro: R$ 3.904,96; Chaveiro: R$ 3.143,44, dentre outros.