Comunicação é essencial em todo relacionamento. Expressar, com sabedoria, o que se espera e o que não agrada em relação ao outro é a melhor alternativa para uma convivência íntima, leal e duradoura. E, como uma via de mão dupla, saber ouvir é outro requisito desse processo comunicativo. Esses importantes detalhes aplicáveis às relações humanas também podem (e devem) estar presentes em nossa relação com Deus.
Se, por um lado, ler e meditar na Palavra permite que o Senhor fale conosco, a oração é nosso instrumento de contato com o Criador. Sim, Ele sabe exatamente o que precisamos, conhece nossos pensamentos, sonhos e ansiedades. “SENHOR, tu me sondaste, e me conheces. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces” (Sl 139:1,2 e 4).
Mas, então, por que orar? Porque a oração é uma forma de estarmos próximos e nos entregarmos por inteiro aos cuidados de Deus. Não é preciso usar palavras rebuscadas ou frases de impacto; falar em alta voz ou por muitos minutos. Basta ser sincero e abrir o coração. Jesus não teve preocupação em ensinar os discípulos a pregarem a Palavra, mas ele teve o cuidado de ensiná-los a orar.
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Pregar o Evangelho é necessário, porém orar tão importante quanto, pois nos conecta ao Pai. Essa conectividade com o Pai vai revelar-se em uma vida santa e a maneira como vivemos fala mais alto ao coração das pessoas do que a própria pregação verbal. Jesus, no Sermão do Monte, ensinou como orar: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos conduzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém” (Mt 6:9-13).
É uma oração à primeira vista simples, mas que contém todos os elementos de uma prece agradável ao Senhor:
- 1) Dirigida ao Pai – com a vinda de Jesus, não precisamos mais de intermediários e podemos dizer diretamente “Pai nosso, que estás nos céus”;
- 2) Com adoração – nossa oração não deve ser um mero rosário de pedidos, pois o mais importante é glorificar ao Senhor santificando o Seu santo nome (“Santificado seja o teu nome”);
- 3) Refletindo nosso compromisso com a obra – como cristãos, devemos ser intercessores e colaboradores da disseminação do Evangelho (“Venha o teu reino”);
- 4) Com submissão – a vontade de Deus deve sempre prevalecer sobre a nossa (“seja feita a tua vontade”);
- 5) com pedido de provisão – como seres humanos, nossas necessidades pessoais básicas precisam ser supridas com a ajuda divina (“O pão nosso de cada dia nos dá hoje”);
- 6) com pedido e liberação perdão – assim como queremos e precisamos ser perdoados, devemos perdoar àqueles que, de alguma forma, nos feriram (“E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”);
- 7) com pedido de proteção – nossas necessidades espirituais carecem do cuidado do Pai, assim como precisamos ser protegidos dos males do mundo (“e não nos conduzas à tentação; mas livra-nos do mal”);
- 8) com humildade – sabendo da nossa condição como pecadores, nossa oração deve ser de entrega total à soberania de Deus (“porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre”).
O Pai Nosso é um exemplo, mas não é uma exigência. Podemos falar com Deus à nossa maneira, com as nossas palavras e todo o nosso amor. Derramando-nos diante do Pai, com o coração aberto, certamente as palavras que sairão dos nossos lábios serão recebidas nos céus.