Aulas de bateria, percussão, violão, guitarra e contrabaixo elétrico são ofertadas durante a 20ª edição da Mostra de Música de Pirenópolis. Atividades vão até sábado (4/12), com renomados mestres da música.
A 20ª edição do Canto da Primavera já começou em Pirenópolis, e junto com ela também teve início as oficinas musicais. A ação, totalmente gratuita, é uma oportunidade de compartilhar conhecimento e experiências, além de integrar a extensa programação da Mostra de Música, que vai até o dia 5 de dezembro.
São quatro oficinas disponíveis, coordenadas por um time de profissionais especializados. Eles reúnem teoria e prática voltadas ao aprendizado ou aperfeiçoamento de habilidades musicais, tanto de profissionais que atuam no meio musical, como da comunidade em geral. Todas as atividades seguem os protocolos recomendados pelas autoridades sanitárias para conter o avanço da pandemia de Covid-19.
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Aulas de bateria, percussão, violão/guitarra, contrabaixo elétrico serão realizadas até sábado (04), na Escola Estadual Comendador Joaquim Alves. Há duas opções de horário: das 9h às 12h, e de 14h30 até 17h30. Os professores responsáveis são Vini Lima, Alexandre da Silva, Fabiano Chagas e Rafael Gomes.
Pablo Miguel Neves e Silva, de 13 anos, participa pela primeira vez das oficinas do Canto da Primavera. Morador de Brasília, se inscreveu no curso de guitarra e violão. Ele vem de uma família de músicos e foi influenciado pelos tios. “Estou gostando muito, são técnicas e teorias diferentes. E o melhor, com acompanhamento de um profissional, isso é muito bom”, comentou Pablo. Sua intenção é aperfeiçoar os dons e, quem sabe, dar sequência ao legado musical que o antecede.
O professor Alexandre da Silva também é principiante no festival Canto da Primavera. Ele coordena as aulas de percussão afro. “O ensino da música é importante em todos os contextos. Mas, quando a gente fala de uma musicalidade afrodescendente e afro-brasileira, aumenta ainda mais o aprendizado. Afinal, a troca de experiência da questão afro é muito importante”, relatou.
Segundo o professor, as oficinas formam um ambiente de aprendizado técnico, a partir dos instrumentos, mas também propicia o diálogo sobre temas que contextualizam o cenário musical de cada estilo. “Hoje, por exemplo, falamos sobre racismo, sobre preconceito. Então é muito legal essa experiência, porque a gente pode abordar a questão sociocultural além da especificidade do toque de percussão e do ritmo afro”, destacou.
Sobre as oficinas
A oficina de bateria aborda a fundamentação teórica e histórica dos principais aspectos construtivos do instrumento, estudo dos principais tipos de toques, técnicas de posturas, memória muscular, entre outros. O curso é coordenado pelo músico Vini Lima.
Já os participantes das aulas de percussão têm a oportunidade de aprender técnicas básicas da percussão, como Rio – Fingue – Open – Islep, Tapa e Ketu – Bese – Abafado; Ritmos Ijexá; variações de agogô, entre outros, com o mestre Alexandre da Silva.
A oficina de violão / guitarra traz como temática os standards de música brasileira (Bossa, Samba, Baião, Frevo, Choro, música regional, etc); acompanhamento (levadas de mão direita em ritmos brasileiros); improvisação (escalas, modos, arpejos, fraseado); harmonia (formação de acordes, centro tonal, rearmonização, tensões, etc); standards de Jazz (Medium swing, Up Tempo, Ballad, Waltz, Modal, etc) e percepção musical (ouvindo acordes e progressões harmônicas). O curso é ministrado pelo professor Fabiano Chagas.
Sob a batuta do músico Rafael Gomes, as aulas de contrabaixo elétrico remetem aos ensinamentos sobre timbres possíveis em diferentes contrabaixos elétricos e sintetizadores; harmonia musical; a relação ritmo-harmonia e a estruturação do baixo dentro do arranjo; ritmos brasileiros e latino americanos, entre outros.