Próximas investigações devem apurar responsabilidade e participação do namorado de Isabella Freire, de 22 anos, na tentativa de aborto que foi praticada pela garota nas primeiras semanas de gestação.
Como já reportado pelo Portal CONTEXTO, o inquérito referente a jovem Isabella Freire, suspeita de matar e atear fogo no corpo do filho recém-nascido, foi concluído pela Polícia Civil na manhã desta segunda-feira, 24. No entanto, as investigações sobre o crime brutal que ocorreu em Anápolis, no último dia 12 de maio, estão longes de acabar, a investigação agora gira em torno do namorado de Isabella Freire.
Isso porque, de acordo com o Grupo de Investigações de Homicídio (GIH), outras pessoas, agora, devem entrar na mira da Polícia Civil. Como é o caso, por exemplo, do pai da criança assassinada que, apesar de Isabella relatar que o rapaz não tinha conhecimento nenhum do crime, será investigado.
“O rapaz nos disse que Isabella tinha mentido ao contar que, nos primeiros meses de gravidez, tinha realizado o aborto. Ou seja, ele tinha conhecimento do bebê e concordou com a interrupção da gravidez, o que é crime no Brasil. Resta-nos saber, agora, em até que ponto ele a apoiou para realizar o aborto”, explica Wlisses Valentin, responsável pelas investigações.
Ainda, de acordo com o titular do GIH, o rapaz, de 22 anos, que atua no município como engenheiro mecânico, não estava em Anápolis quando Isabella conseguiu os medicamentos abortivos e nem ao menos tinha conhecimento de como a interrupção da gravidez tinha sido feita.
No Brasil o aborto, crime previsto no Artigo 124 a 128 do Código Penal, têm penas previstas de um a cinco anos de detenção. “Essas investigações serão concluídas nas próximas semanas. Já temos os depoimentos dos colegas, familiares e amigos do casal que devem auxiliar no processo”, completa Wlisses.